Safo é considerada a maior poetisa grega do gênero lírico,
talvez a primeira escritora do sexo feminino a marcar a literatura
ocidental. Ela nasceu na ilha de Lesbos, situada no nordeste do Mar
Egeu, provavelmente na cidade de Mitilene, em meados do ano de 612 a.C.
Apesar da notoriedade de sua obra, seu alto teor de erotismo provocou na
Era Medieval a censura de sua poética, o que infelizmente resultou na
perda de grande parte dos seus textos – queimados pela Igreja; raros
fragmentos sobreviveram ao longo do tempo.
Sua vida é envolta em polêmicas e em nebulosas histórias; é difícil
distinguir entre lenda e realidade, até mesmo no que se refere ao seu
relacionamento com outras mulheres.
Depois do exílio em Pirra, Safo é deportada para a Sicília, bem distante
de Lesbos, pois Pitaco sentia-se ameaçado por seus escritos. Lá ela
contrai matrimônio com um afortunado industrial de Andros, com quem tem
uma filha, Cleis, e depois a deixa viúva e rica.
Ela logo institui uma escola para meninas pertencentes à elite de
Mitilene, versando-as no estudo da música, da poesia e da dança. A
poetisa se referia às alunas com a expressão heteras ou hetairas, que
significa ‘companheiras’. Mas Safo, mestra sem igual, apaixona-se por
suas alunas e entre elas elege uma favorita, Átis, considerada sua maior
amante.
Sua obra e sua figura sofreram intenso preconceito ao longo da
História, e só em 1897 algumas de suas poesias foram descobertas por
alguns arqueólogos.
Embora alguns rumores disseminem histórias sobre um
possível suicídio da poetisa, em virtude da paixão por um marinheiro,
textos remanescentes da poetisa dão conta de que ela chegou à velhice.
Ninguém sabe ao certo, porém, como ela morreu, mas é certo que ela é
considerada a maior poetisa de todos os tempos.
(Revista InfoEscola)
Nenhum comentário:
Postar um comentário