As Virgens Vestais eram as sacerdotisas que cultuavam a deusa romana Vesta.
Foi o segundo rei de Roma, Numa Pompílio, que ordenou a
construção de um templo dedicado à deusa Vesta. Durante mil anos,
aproximadamente, o culto se renovou em Roma, até que o imperador Graciano iniciou uma série de hostilidades e seu sucessor, Teodósio I,
proibiu definitivamente o culto. Em 394, o fogo de Vesta se apagou e a
reverência à Deusa Vesta foi se apagando da memória de seus devotos.
Durante o período de atividade do templo, o fogo simbólico da deusa
Vesta era controlado por mulheres. Mas não qualquer mulher, havia um
processo seletivo rigoroso para escolher as dignas de tal ofício. As
principais exigências eram que não tivessem qualquer defeito físico ou
mental e que fossem virgens. Essas chamadas Virgens Vestais
não poderiam também ser filhas de um flâmine, um áugure, um encarregado
dos Livros Sibilinos ou um sacerdote de Marte, assim como não poderiam
ser noivas de um pontifex maximus ou ter uma irmã já exercendo o sacerdócio. Inicialmente, as Virgens Vestais eram apenas de origem patrícia, mas Augusto abriu a possibilidade também às plebeias.
As Virgens Vestais passavam por um ritual de iniciação
e, em seguida, eram confiadas ao Colégio Pontífice. Suas atividades
duravam trinta anos, os quais eram rigorosamente detalhados. Nos
primeiros dez anos, as Virgens Vestais aprendiam as obrigações do culto à
Vesta, nos próximos dez anos elas desenvolviam as atividades de
sacerdotisa e, nos últimos dez anos, ensinavam os afazeres às novas
sacerdotisas. Só após os trinta anos de sacerdócio que as Virgens
Vestais tinham permissão para casar, entretanto, a maioria delas
escolhia pela continuidade do sacerdócio.
Artigo escrito por Antonio Gasparetto Junior
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