E lá se vão 49(quarenta e nove anos) da "chegada do homem à lua" e foi quando começou as "teorias da conspiração" que a grande maioria adora destilar na web. Os "especialistas", "físicos", "matemáticos", "astrônomos" da web tentam à todo custo "provar" que a viagem foi uma "farsa" montada pelos Estados Unidos. A União Soviética estava competindo (e ganhando, em algumas vezes) com os Estados Unidos para ver quem conseguiria levar o primeiro humano à Lua. Se houvesse algum indício de farsa mesmo, com certeza os soviéticos iriam divulgar pra todo o mundo. Sem dó nem piedade!
Mas, não vamos falar dos três astronautas que realizaram o grande feito e sim das mulheres por traz desse momento magnífico e histórico.
"O que todo mundo sabe é que, em maio de 1961, Alan Shepard consagrou-se como o primeiro americano no espaço e, em fevereiro de 1962, John Glenn foi o primeiro a entrar na órbita da Terra. Mas o que praticamente ninguém sabia, até pouco tempo atrás, é que três mulheres negras foram cruciais para que essas empreitadas dessem certo.
Essa é a história contada no livro Hidden Figures (Figuras Escondidas, em tradução livre), lançado pela escritora Margot Lee Shetterly e ainda inédito no Brasil. Depois de décadas no ostracismo, a trajetória das cientistas Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson finalmente está sendo prestigiada e já virou até filme – que ganhou o título de Estrelas Além do Tempo, no Brasil.
1. Katherine Johnson
O site oficial da NASA define Katherine como “a garota que amava contar”. Nascida em 26 de agosto de 1918, no interior da Virgínia Ocidental, ela foi uma aluna genial desde o colégio. Formou-se no High School aos 14 anos e na faculdade aos 18.
Trabalhou durante anos como professora e passou um tempo como dona de casa, dedicando-se aos filhos. Em 1953, conseguiu ingressar no Comitê Nacional de Consultoria para Aeronáutica (NACA), agência que deu origem à NASA em 1958. Inicialmente, o cargo dela na NACA era de computer, pois ela resolvia os cálculos que os computadores viriam a fazer mais tarde.
Katherine foi responsável por calcular a trajetória da expedição de Alan Shepard, que aconteceu em 1961. Já na operação que colocou John Glenn na órbita da Terra, ela foi crucial para a verificação dos cálculos feitos em computador. Mesmo com a ascensão da tecnologia, naquela época o trabalho matemático era muito braçal e as contas feitas por computadores precisavam ser exaustivamente analisadas. Em 1969, a cientista também contribuiu para planejar a trajetória do lendário Apollo 11. Katherine foi a primeira grande mulher da história da NASA.
O reconhecimento só veio oficialmente em 2015, quando ela recebeu a Presidential Medal of Freedom – a maior condecoração que um civil pode receber nos EUA – das mãos de Barack Obama. Em maio de 2016, a NASA inaugurou uma central de pesquisa batizada com seu nome. Ela tem 98 anos e vive até hoje.
2. Dorothy Vaughan
Nasceu em 20 de setembro de 1910, no Missouri e iniciou sua carreira na NACA em 1943. Segundo conta o site oficial da NASA, a NACA já contratava mulheres como computers humanos desde 1935. Era um trabalho muito tedioso e pouquíssimo reconhecido, por isso diversas mulheres eram empregadas para tais vagas.
Dorothy trabalhou durante 28 anos na NACA/NASA, sempre na área de computadores (antes e depois da utilização de computadores eletrônicos). Em 1949, passou a coordenar uma equipe de computers formada exclusivamente por mulheres. Quando Katherine Johnson entrou na NACA, Dorothy era sua chefe. A cientista era especialmente genial na área da decodificação e seu trabalho foi determinante para a implementação do Fortran (sistema de linguagem de programação criado nos anos 1950) dentro da NASA.
Dorothy se dividia entre o trabalho nas missões espaciais e a vida como mãe. Um de seus filhos também chegou a trabalhar na NASA, inclusive. Ela faleceu em 10 de novembro de 2008, aos 98 anos.
3. Mary Jackson
Nasceu em 9 de abril de 1921, na Virgínia. Ela era engenheira, mas começou na NACA como computer, em 1951. Mary passou a demonstrar um talento incomum para análise de dados e aprimoramento técnicos nos testes do chamado “túnel de vento” (que simulava os voos). Ela basicamente fazia o trabalho dos engenheiros, mas sendo reconhecida apenas como uma computer comum. Segundo o site oficial da NASA: “a mesa dela ficava junto com as das outras computers e somente muitos, muitos anos depois, permitiram que ela trabalhasse diretamente com os engenheiros de testes de voo”.
Insatisfeita ao ver a forma desigual como a NASA tratava as minorias e as mulheres, ela começou a ser uma espécie de mentora, instruindo funcionários menos favorecidos sobre como eles poderiam ascender profissionalmente. Décadas depois, conseguiu assumir cargos de liderança e passou a batalhar por igualdade de direitos dentro da agência, chamando a atenção do governo americano em Washington. Lembrada como uma das figuras mais humanas da história da NASA, Mary colocou sua reputação em jogo na época, mas teve sua voz ouvida e foi pioneira em batalhar pelas minorias na agência.
Assim como Katherine e Dorothy, ela também se dividia entre a NASA e a criação dos filhos. A engenheira faleceu em 11 de fevereiro de 2005, aos 83 anos."(mdemulher.abril.com.br/)
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