O domingão amanheceu friozinho e o sol mesmo brilhante ainda está gostoso... Nem preciso dizer que já li o jornal, já tomei meu leite com bolinhos, a boa música já está tocando no rádio...
Eu estava lendo sobre os currículos das universidades europeias e americanas e me lembrei de uma conversa com uma mãe: "minha filha vai fazer faculdade nos Estados Unidos, pois lá é melhor do que aqui. Também sei que é possível, usar as notas do ENEM ou ganhar uma bolsa de estudos". A senhora não sabia que nas universidades americanas a nota do ENEM não é utilizada, mas pelo menos ela sabe que nos Estados Unidos as universidades não são gratuitas.
Sem ser mal educada eu perguntei: "ela sabe falar algum idioma; faz alguma atividade extracurricular importante; já escolheu o que vai cursar? À todas as perguntas ela disse não, então eu indiquei a leitura de alguns sites para conhecer como funciona as universidades e recomendei a matéria do G1 abaixo...
"Diferente do vestibular brasileiro, para conseguir uma vaga em uma universidade norte-americana é preciso passar pelo application, que é um processo que inclui provas, cartas de recomendação e uma análise abrangente do candidato. Para ser aprovado, não basta ser somente um excelente aluno, as instituições avaliam principalmente o que o candidato faz fora da sala de aula, quais são suas atividades extracurriculares.
Veja abaixo seis dicas de Gustavo Coutinho e Pietro Leite, ambos de 19 anos, dois dos brasileiros aceitos em Harvard, para quem quer chegar lá.
1.Tenha boas notas
Um dos pontos importantes da seleção é a análise do boletim escolar do ensino médio. Para despertar a atenção dos avaliadores, é fundamental ter boas notas e manter o equilíbrio entre as disciplinas. A melhora do desempenho de um ano para outro é bem vista, pois os americanos gostam de ver o esforço do estudante. Por outro lado, a piora é encarada com desconfiança.
“É parte importante porque eles querem ver sua constância e ver como você se desenvolveu durante o ensino médio”, diz Pietro, que vai estudar ciências sociais em Harvard.
2. Invista nas atividades extracurriculares
Para conseguir uma vaga em uma universidade americana, é importante não se limitar às experiências da sala de aula e investir nas atividades extracurriculares. Mostrar como o candidato desenvolve sua paixão e entender de que forma isto impacta em sua comunidade é um dos pontos chave desse critério do application.
Gustavo Coutinho estudou na rede pública, desenvolveu projetos tecnológicos ligados à educação e fez trabalhos voluntários. A dica dele é para que os candidatos se engajem em projetos e atividades que realmente gostem.
“No Brasil é muito comum o aluno ir para a sala de aula, fazer seus deveres e pensar: pronto, acabou. Mas para estudar nos EUA é preciso fazer muito mais que isso”, diz Gustavo.
3. Afie o inglês
Para fazer faculdade nos Estados Unidos não tem como escapar de ter um bom domínio do inglês. Até porque para concorrer às vagas é preciso fazer testes de proficiência, como o Test of English as a Foreign Language (Toefl). Quanto maior a nota, melhor.
Para treinar e aprender, Pietro sugere videaulas, além de métodos menos convencionais como ouvir música e assistir séries.
4. Planeje
Todo o processo é longo e burocrático, por isso exige planejamento. O ideal é iniciá-lo com um ano de antecedência.
“Cada faculdade vai pedir cinco ou seis redações. Eu que apliquei pra dez fiz cerca de 50. Você precisa de tempo, são muitos documentos, por isso, comece antes”, aconselha Gustavo.
5. Saiba para quem pedir as cartas de recomendação
As cartas devem ser solicitadas para professores, coordenadores ou diretores que sejam próximos dos alunos. Caso o autor não domine o inglês, ela pode ser traduzida posteriormente.
“O importante delas não é dizer que você é um aluno que tem notas excelentes, isso eles já sabem pelo seu boletim. O mais importante é ter cartas que reflitam seu caráter e sejam completamente sinceras”, afirma Pietro.
6. Seja genuíno
As universidades americanas são as líderes em todos os rankings de qualidade, por isso são cobiçadas por alunos excelentes do mundo todo. As mais prestigiadas como Harvard e MIT, por exemplo, destinam apenas 10% das vagas para os alunos internacionais, por isso não é fácil “ouvir” o tão sonhado sim. O importante em todo o processo da candidatura é ser transparente.
“Não existe uma fórmula para o application, ele é muito individual. Não se apegue às histórias que você lê. Trilhe seu caminho e seja genuíno”, finaliza Gustavo".( https://g1.globo.com/)
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