A sexta-feira da Paixão está quase terminando e como em todos os anos em alguns bairros choveu. E aproveitei para assistir novamente o filme do Mel Gibson "A Paixão de Cristo". Eu ainda me lembro das polêmicas durante o lançamento do mesmo em 2004 e depois dos comentários que o filme era muito violento.
Eu ficava indignada com as pessoas: será que elas pensavam que os flagelos imputados à Jesus foram leves? Ele era um súdito de Roma e estava propondo que os senhores e poderosos romanos deveriam ser iguais aos escravos, quando dizia "amai o próximo como a ti mesmo". Ou "amar a Deus sobre todas as coisas". Para os romanos politeístas e detentores de tantos escravos, isso soava como um absurdo, uma subversão da ordem estabelecida por Roma há milhares de anos.
A imposição da morte na cruz era para ladrões e criminosos. Ele foi julgado e condenado a crucificação, antes deveria sofrer todo tipo de flagelos. O filme mostra as últimas doze horas da vida Dele e o Mel Gibson não exagerou em nada as violências que o tribunal de Pilatos lhe impôs. Basta ler um pouco da História de Roma para descobrir que os criminosos, escravos e subversivos eram torturados com requintes de crueldades.!
"Drama norte-americano realizado em 2004 por Mel Gibson. Intitulado originalmente The Passion of the Christ, foi interpretado por James Caviezel, Maia Morgenstern, Monica Bellucci, Hristo Jivkov e Hristo Shopov. Projeto acalentado por Mel Gibson há vários anos, o filme causou enorme controvérsia pela sua violência gráfica e pela acusação que lhe foi feita de antissemitismo, mas tal contribuiu apenas para aguçar a curiosidade dos espectadores e para o tornar um autêntico fenómeno de bilheteira a nível mundial.
O argumento foi escrito por Benedict Fitzgerald e Mel Gibson, baseado em diversas fontes, como os evangelhos do Novo Testamento e os diários de St. Anne Catherine Emmerich, uma freira que tinha visões da vida de Cristo e que escreveu várias profecias.
O filme retrata as últimas 12 horas de vida de Jesus Cristo, personagem interpretada por James Caviezel, na fase que ficou conhecida como a "Paixão" (do latim, sofrimento). O filme inicia-se no monte das Oliveiras onde Jesus é tentado pelo Diabo. Depois de ser traído por Judas, é preso e acusado de blasfémia pelos líderes dos Fariseus. Condenado à morte, é levado até Pôncio Pilatos (Hristo Shopov), o governador da Palestina, que escuta as acusações de que ele é alvo. Pilatos dá o poder de escolha à multidão entre a morte do criminoso Barrabás ou de Jesus. Eles escolhem a morte de Jesus e a libertação de Barrabás.
A Paixão de Cristo corta radicalmente com as imagens anteriores de Cristo no cinema, figurado aqui como um mártir no limite do suportável pelo corpo humano. Algumas sequências apresentadas são particularmente chocantes pela duração e detalhe na dilaceração da carne para obtenção de um efeito realista.
Gibson inspirou-se em algumas pinturas famosas para encenar alguns dos momentos do filme, que é uma experiência de elevada intensidade emocional, como "A Crucificação" de Matthias Grunewald. James Caviezel, que obtém uma excelente interpretação num papel de elevadas exigências físicas e psíquicas, chegou mesmo a ficar ferido em algumas cenas."
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