Saber que alguns jovens brasileiros ganharam (oito) prêmios na maior Feira de Ciências do Mundo nos deixa imensamente satisfeitos. Justamente no momento em que o governo resolve cortar 30% das verbas destinadas ao Ensino Superior. Esses prêmios podem ser um "tapa na cara" dos governantes, isto porque esses jovens irão para as Universidades de seus estados no próximo ENEM em Nov./2019.
Se com investimentos irrisórios na Educação, o Brasil conquista todos esses prêmios, imagina se realmente nossos governantes se preocupassem com o ensino- aprendizagem das instituições estaduais e federais? Parabéns e sucessos aos futuros universitários, pois cientistas todos já são.
"A Intel ISEF é a maior feira internacional de Ciências e Engenharia para quem ainda não chegou ao ensino superior. Na última edição, realizada de 12 a 17 de maio, nos Estados Unidos, a feira deu oito prêmios a estudantes do Brasil, país mais premiado da América Latina. Participaram da feira 1.800 estudantes de 81 países e territórios com projetos inovadores nas áreas das ciências, tecnologia, engenharia e matemática – propostas que buscam soluções para melhorar a qualidade de vida em suas localidades e em todo o mundo. Eles concorreram a mais de US$ 5 milhões em prêmios e foram julgados pela sua capacidade criativa, pensamento científico, rigor, competência e clareza mostrada em seus projetos.
Com 29 estudantes, a delegação brasileira foi a 10ª mais premiada do mundo. A 17ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) selecionou 14 destes participantes, que apresentaram nove projetos. Um deles levou o primeiro lugar na categoria Materials Science. Desenvolvido por Juliana Davoglio Estradioto, de 18 anos, o projeto CATCHOOH tem como objetivo o aproveitamento de resíduos da noz macadâmia para biossíntese de celulose e confecção de embalagens.
A ISEF é realizada desde 1950 e já revelou milhares de talentos em ciências e engenharia. Desde 1997, a feira conta com o patrocínio da Intel. Todos os cientistas que integram o corpo de avaliadores da feira têm titulação de Ph.D. ou equivalente. Entre eles, há ganhadores de prêmios relevantes, inclusive o Nobel. Conheça os projetos selecionados pela Febrace que foram até os Estados Unidos e foram premiados:
17 de maio, Phoenix, Arizona, Grand Awards Ceremony
Primeiro lugar em Materials Science – Prêmio de US$ 3.000
Juliana Davoglio Estradioto (18)
Projeto: CATCHPOOH: aproveitamento de resíduos para biossíntese de celulose e confecção de embalagem
Escola: IFRS – Campus Osório, Osório – RS
Terceiro lugar em Plant Sciences – Prêmio de US$ 1.000
João Pedro Silvestre Armani (16)
Projeto: Revestimentos comestíveis na pós-colheita de laranjas
Escola: Colégio Gabriela Mistral, Palotina – PR
Quarto lugar em Translational Medical Science – Prêmio de US$ 500
Ekarinny Myrela Brito de Medeiros (18)
Projeto: Desenvolvimento de cateter bioativo proveniente do aproveitamento do líquido da castanha de caju (Anacardium occidentale) como alternativa na prevenção de infecção sistêmica
Escola: E.E. Prof. Hermógenes Nogueira da Costa, Mossoró – RN
16 de maio, Phoenix, Arizona – Special Awards Ceremony – 4 prêmios
Primeiro lugar da Patent and Trademark Office Society – prêmio de US$ 500
Ekarinny Myrela Brito de Medeiros (18)
Projeto: Desenvolvimento de cateter bioativo proveniente do aproveitamento do líquido da castanha de caju (Anacardium occidentale) como alternativa na prevenção de infecção sistêmica
Escola: E.E. Prof. Hermógenes Nogueira da Costa, Mossoró – RN"
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