Domingão com jeito de que vai chover de novo e isso nos deixa lentos e preguiçosos... Então, ler, maratonar algo é uma pedida pra lá de interessante. O Enem se aproxima e muitos alunos começam a apostar qual será o tema da redação, independente do assunto, o bom leitor não tem dificuldades. E é sempre bom ler tudo que aparece, isto é, de fonte segura é claro.
Uma professora de português diz "é necessário que o candidato não só apresente argumentos, ele precisa trazer informações e dados, argumentos de autoridades, fatos e pesquisas. Fugir do senso comum é sempre um grande desafio para fazer uma argumentação que seja consistente". E nossos alunos preferem ficar com as informações do facebook, do zap zap do que ler um bom livro, artigo ou procurar se informar com os detentores do conhecimento ou seja, os professores.!
E por falar em um bom argumento o livro "Como as Democracias Morrem", lançamento no início de 2018, vem deixando-nos de "cabelo em pé", literalmente, com a política nos Estados Unidos, Europa, América Latina, África, Ásia e principalmente no Brasil. O livro é arrepiante e pertinente, mas como poucos irão comprá-lo, então, postarei uma análise interessante que encontrei no site metrópolis:
"O Metrópoles enumerou 5 lições de Como As Democracias Morrem:
1. Teste do nível de autoritarismo
Baseados em estudos precedentes, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt
apresentam quatro indicadores para ver se um político tem ou não perfil
autoritário. Os quesitos apontados são: 1) rejeição (ou comprometimento
fraco) com as regras do jogo democrático; 2) negação da legitimidade dos
oponentes políticos; 3) tolerância ou encorajamento à violência; e 4)
prontidão para reduzir as liberdades civis dos oponentes, incluindo a
mídia.
2. Fortalecimento das instituições
Parlamento, Judiciário, partidos políticos, Ministério Público e outras
instituições democráticas são elementos essenciais para a manutenção de
regimes democráticos. Não à toa, governantes autoritários tendem a impôr
políticas visando enfraquecer essas instâncias. Nada mais perigoso!
3. Regras vs. Normas
Analisando o caso norte-americano, os estudiosos diferenciam regras
constitucionais das normas – espécie de conjunto de costumes presentes
no mundo político. Para eles, esses últimos são essenciais na manutenção
da democracia, pois definem quais são os comportamentos não-aceitáveis,
mesmo que legais, dos agentes políticos.
4. Polarização, um perigo
Essa lição, os brasileiros conhecem bem. Steven Levitsky e Daniel
Ziblatt alertam para o potencial destrutivo da polarização. “Tolerância
mútua [entre adversários políticos] refere-se à ideia de que os rivais
jogam de acordo com as regras constitucionais e de que aceitamos seu
direito a existir”, escrevem os cientistas. Quando partidos opostos se
tratam com inimigos, dizem, a tendência a se utilizar de meios
antiéticos e abusivos cresce.
5. Contestação do sistema
Durante a campanha presidencial, Trump afirmou categoricamente que não aceitaria os resultados das eleições caso não fosse o vencedor – qualquer similaridade com as declarações feitas por Jair Bolsonaro
não parecem mera coincidência. Os pesquisadores apontam, no entanto, os
riscos de se colocar em cheque o sistema democrático. Ao desacreditar a
veracidade das urnas, candidatos estimulam teorias da conspiração e não
praticam a tolerância mútua, opinam os especialistas."(www.metropolis.com/)
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