sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Ele está de Volta - Filme

E a sexta-feira chegouuuu... Hoje, nossa Constituição completa 30 anos e no domingo é dia de eleições. Nunca viver numa democracia, ainda que a corrupção esteja em todos os lugares, foi tão importante, entretanto, muitos brasileiros que viveram no período conhecido como ditadura militar e os que nem eram nascidos estão pedido seu retorno.

Eu logicamente fico muito preocupada, pois como professora de História não gostaria de passar por um momento que me dá arrepios.! Só de imaginar que não possa falar com meus alunos sobre a repressão cotidiana, fico com lágrimas nos olhos e o coração acelerado...

Explicar sobre as atrocidades do Nazismo na Alemanha e da Ditadura Militar no Brasil já é difícil, imagina sequer poder fazer um comentário com receio de ter um agente infiltrado na sala de aula? Então, enquanto ainda não existe censura vamos assistir um filme na netflix.

"Não restam dúvidas de que Adolf Hitler foi uma das figuras mais macabras de que se tem notícias. O militar, líder do Partido Nazista, foi responsável por institucionalizar a perseguição e o extermínio de grupos étnicos, raciais, religiosos e minorias, como os ciganos, eslavos, testemunhas de Jeová, homossexuais e, sobretudo, os judeus, culminando no maior genocídio da história. Segundo os relatos oficiais, Hitler se suicidou com um tiro em 30 de abril de 1945, ao perceber que a Alemanha havia sido derrotada na Segunda Guerra Mundial.

Mas e se o Fuhrer não tivesse morrido em seu bunker em Berlim? E se algum evento misterioso o trouxesse para viver nos dias atuais? Essa é a temática abordada no longa Ele Está de Volta, adaptado do livro homônimo (de Timur Vermes) e dirigido por David Wnendr. O filme que causou polêmica quando estreou em 2015 na Alemanha, chegou recentemente ao Brasil, disponibilizado na Netflix. 

(...)

Rapidamente surgem inúmeras pessoas que concordam totalmente com os argumentos conservadores da ideologia nazista. Basta uma chance para que todo tipo de clichês racistas e preconceituosos em geral sejam destilados (Brasil, é você?). Muitos falem abertamente o quanto os imigrantes são indesejados e deveriam ser expulsos. Com exemplos rasos e sem grande esforço, o Fuhrer consegue convencer que a mistura de raças é errada e gera aberrações (oi?). 

São pouquíssimas as pessoas que questionam a situação ou dizem que um homem vestido de Hitler fazendo esse tipo de humor não é engraçado. Pelos lugares onde passa, ele recebe majoritariamente sorrisos, apoio e pedidos para tirar selfies, tanto que um de seus vídeos viraliza e então não demora até que uma rede lhe ofereça um programa de televisão. A televisão, aliás, é a coisa que mais lhe agrada no mundo atual, pois ela é uma possibilidade infinita de se fazer propaganda e disseminar ideias.

É triste pensar que um período tão traumático da história, que deixou um legado de terror e absurdos, continua tendo ainda hoje tão numerosos apoiadores. E talvez o aspecto do filme que mais cutuque as nossa feridas seja justamente mostrar que Hitler só conseguiu matar milhares de pessoas em campos de concentração porque tinha o apoio massivo da população. "(cafécomfilme)

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