A segunda-feira, Dia do Professor, amanheceu chovendo deixando o ar mais úmido e agradável. Agora sim, a estação das chuvas começou pra valer e até terminar o verão em 20/3/2019, ainda teremos dias de chuvas intensas e raios pavorosos.
Mais uma descoberta arqueológica foi apresentada ao mundo e mesmo que os trabalhos tenham começado há meses e sempre interessante rever o que está escrito nos livros didáticos. A Civilização Maia sempre foi misteriosa e essa descoberta demonstra o porque deles serem considerados os "gregos das Américas".
"Usando uma tecnologia de mapeamento aéreo, uma equipe internacional
de pesquisadores descobriu, debaixo das densas florestas da Guatemala,
pelo menos 60 mil casas, prédios, pirâmides e outras construções da
civilização maia até então desconhecidas.
Anunciada nesta
quinta-feira (02/02), a descoberta está sendo considerada um marco na
arqueologia maia. O achado inclui campos de agricultura de tamanho
industrial e canais de irrigação, e sugere que ali viviam milhões de
pessoas a mais do que se pensava.
A descoberta foi feita no departamento (estado) de El Peten, que faz
fronteira com o México e o Belize. Por trás do trabalho, que se estendeu
por dois anos, estiveram pesquisadores americanos, europeus e
guatemaltecos.
"É uma revolução na arqueologia maia”, disse
Macello Canuto, um dos pesquisadores à frente do projeto. Segundo ele, o
achado significa que os maias tinham uma população de 10 milhões de
pessoas. "Isso é duas ou três vezes mais habitantes do que se dizia
antes.”
Os pesquisadores usaram uma técnica chamada "Lidar”
(sigla em inglês para Light Detection and Ranging), uma espécie de
escâner que, instalado em uma aeronave, mapeou uma aérea superior a 2
mil quilômetros quadrados por meio de sensores.
"Agora não é necessário cortar a mata para ver o que há por baixo",
afirmou Canuto. De acordo com o pesquisador da Universidade de Tulane, a
tecnologia permite descobrir em tempo relativamente curto o que
demoraria décadas por meio da arqueologia tradicional.
Uma das
revelações do estudo foi uma nova pirâmide de 30 metros, que antes havia
sido identificada como um morro natural em Tikal, o principal sítio
arqueológico guatemalteco. Também foi verificado um sistema de fosso e
muralha de 14 quilômetros no mesmo local.
As imagens revelam,
sobretudo, que os maias alteraram a paisagem local de forma muito mais
ampla do que se pensava. Em algumas regiões, 95% da área era de terras
cultiváveis.
"A agricultura era muito mais intensa e sustentável
do que pensávamos, eles cultivavam cada canto de terra”, disse o
pesquisador Francisco Estrada-Belli. "Eles modificaram a paisagem de
forma inimaginável."
O maias, segundo ele, chegaram a drenar
áreas pantanosas para usar na agricultura. O extenso sistema de muros,
fortificações e canais de irrigação sugerem, além disso, uma força de
trabalho altamente organizada.
A civilização maia teve seu
esplendor entre os anos 1.000 a.C. e 900 d.C., continuando a se
desenvolver durante todo o período pós-clássico, até a chegadas dos
espanhóis.
A rica cultura, que incluía língua escrita,
matemática, arquitetura, artes e sistemas astronômicos, se expandiu
pelos territórios que atualmente abrangem Guatemala, México, Belize, El
Salvador e Honduras. Seus descendentes vivem na região até hoje.
As
revelações do estudo, apoiado pela Fundação Patrimônio Cultural e
Natural Maia (Pacunam), serão exibidas em um documentário que estreará
em 11 de fevereiro pelo canal de TV da National Geographic."(www.publico.pt/)
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