E porque é sábado... é um dia para se descansar e acima de tudo se divertir ou andar pelo Centro Histórico seja para gastarrrrr ou simplesmente para apreciar a arquitetura do séc. XVIII antes que desapareça!.
Cuiabá se aproxima do aniversário de 300 anos e o Centro Histórico é nossa referência, uma vez que foi durante o séc. XVIII que começou a ser ocupado, e mesmo com algumas revitalizações não ficamos satisfeitos e o sentimento de descaso e abandono pela História da Capital fica evidente quando andamos por lá.
É na antiga Rua do Meio, Galdino Pimentel, que está a única casa com janelas e sacadas em estilo medieval do Centro Histórico. Lá funcionou por mais de 60 anos o Museu de Pedras Ramis Bucair e por ser um Museu particular os órgãos públicos não dão a mínima para que ele seja reaberto. Sim, ele também está fechado há mais de sete anos!.
Eu como Historiadora fico imensamente triste, pois quando estou explicando sobre a Pré-História do Mato Grosso, faço uma longa referência ao Museu e aos artefatos que o Senhor Ramis encontrou. E que prazer seria poder levar meus alunos lá para referenciar seu trabalho!.
Estava lendo sobre o Centro Histórico e deparei-me com esse post da midianews e meus olhos lacrimejaram pela lembrança de quando visitei lá e até comprei uma pulseira de pedras coloridas.!
"Quase 60 anos após a inauguração e sete depois de seu fechamento, o
Museu de Pedras Ramis Bucair deve permanecer com as portas abaixadas
por muito mais tempo. Ao menos no que depender da vontade do filho mais
velho do idealizador, o engenheiro Ramis Bucair Júnior, que se sente
desmotivado em reabrir o local.
Ele acredita que um dos fatores principais que contribuíram para o
fechamento do museu, no Centro Histórico de Cuiabá, foi a falta de
reconhecimento da sociedade com os feitos de seu pai.
Ramis Bucair foi um agrimensor, espeleólogo e pesquisador que
realizou diversas expedições em Mato Grosso ao longo de décadas. Em suas
andanças, ele descobriu 39 grutas e cavernas até então nunca pisadas
pelo homem. Durante essas expedições, coletou objetos que compuseram o
acervo do Museu de Pedras.
O museu foi inaugurado em abril de 1959, na Rua Galdino
Pimentel, no Centro, como uma forma de homenagear Cuiabá. No entanto, o
local fechou as portas em 20 dezembro de 2011, no dia da morte do
explorador.
Após a morte, seu filho não conseguiu mais reativar o museu. Segundo
ele, por ser particular, os órgãos públicos nunca disponibilizaram
nenhum tipo de ajuda e isso desanimava Ramis Bucair nos últimos momentos
de sua vida.
(...)
Além disso, o filho também acredita que os mato-grossenses não
souberam dar o valor ao pesquisador. Isso também influenciou para o
fechamento do museu.
“Nós já fizemos exposição Brasil a fora. O museu já foi reconhecido
no Japão, Canadá, Estados Unidos, Itália, França, Inglaterra, menos aqui
no Mato Grosso. Acho que o grau de escolaridade, a cultura de um povo,
induz a essa situação. Eu acho que é a hipótese mais condizente com essa
situação de não ter esse reconhecimento”, afirmou.
Apesar disso, em 2015, o filho mais velho elaborou um projeto de
reestruturação do espaço. Nesse plano, apresentou novas medidas de
armazenamento e exposição do acervo, além de um novo local para
comportar as 4 mil peças.
Uma novidade seria a divisão do espaço em três categorias. A primeira
seria o Museu de Pedras Ramis Bucair, com as peças arqueológicas; a
segunda parte seria totalmente dedicada a Marechal Rondon com objetos
inéditos; e a última contaria a história de vida do idealizador.
O projeto foi apresentado para o Instituto Histórico e Geográfico de
Mato Grosso, cuja diretoria disse que faria desde que tivesse a
concessão do museu por 20 anos.
“Não aceitei, jamais iria aceitar. Esse é um dos motivos pelo qual o museu está fechado até hoje”, disse Júnior.
Após os trabalhos de mediação e demarcação de milhares de lotes de
terras, Bucair passou a se dedicar às cavernas e grutas de Mato Grosso.
Durante esse processo, ele descobriu, identificou, pesquisou,
topografou, fotografou e catalogou 39 cavernas e grutas no Estado, todas
registradas no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis).
Foi aí que ele começou a fazer a coleta desses materiais que hoje
compõem o acervo do Museu de Pedras. Bucair encontrou fósseis, alguns
machados da época neolítica, pinturas rupestres e diversos outros
materiais arqueológicos."(midianews)
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