sexta-feira, 8 de março de 2019

Garotas também curtem Esportes

Hoje, comemora-se o Dia Internacional da Mulher e não vamos postar sobre a violência que só aumenta no Brasil. Também não vamos postar sobre alguns homens que não nos respeitam, que é um dia de lutas por igualdade, dignidade e respeito. Hoje, irei postar sobre as garotas que gostam de esportes onde os homens são os dominantes.! Destacarei apenas dois que são extremamente discriminados por toda a sociedade.

"Letícia Bufoni é tricampeã do Summer X Games, competição mais importante do skate.

- Eu sofria muito preconceito dos meus vizinhos, que me chamavam de "Maria Moleque", "Joãozinho". Dentro da pista, sempre fui muito respeitada. No começo, quando eu tinha ainda uns 10 anos, até mesmo meu pai olhava torto. Cortou meu skate ao meio e me proibiu de andar. Mas eu o enfrentei. No dia seguinte, já tinha arrumado um novo e estava andando. Com o tempo, ele percebeu o quanto era importante pra mim e acabou entendendo. Hoje em dia, é meu fã numero 1 - conta Letícia Bufoni.

Com foco total em Tóquio 2020, quando o skate fará sua estreia em Olimpíadas, Letícia se viu obrigada a deixar o Brasil e fez sua carreira nos Estados Unidos. Hoje, compete entre homens e faz frente.
 

- Não tem como viver do skate no Brasil, foi por isso que me mudei para os Estados Unidos. Na época, até consegui patrocínios, mas não o suficiente. Se eu fosse ficar no Brasil, provavelmente teria desistido do skate. Mas as coisas estão melhorando. Hoje em dia, eu talvez pensasse em ficar. Sobre os meninos, já estou muito acostumada. Para mim é normal estar ali. E para eles ter uma menina competindo junto também se tornou muito legal. Eles me elogiam muito, dão maior força. Como o nível masculino ainda é muito mais alto, estar com eles me ajuda a evoluir mais, me motiva. Competir entre os homens é extremamente importante na minha evolução.

No mundo das lutas, Cyborg e Amanda Nunes são donas de dois dos quatros cinturões disponíveis para mulheres no UFC. 


Na categoria masculina, não há nenhum brasileiro campeão. Entre os boxeadores, Bia Ferreira é o grande nome do ciclo para Tóquio. Em 2017, ela venceu o Campeonato Brasileiro sem a menor dificuldade. Foi campeã de dois torneios internacionais e bronze em um evento na Rússia. Sua única derrota da temporada foi para a russa Anastasia Belyakova, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio. Apesar da disputa do primeiro Mundial em 2018, o foco de Bia é o mesmo de qualquer atleta profissional: a medalha olímpica, daqui a 2 anos. E pelo que parece, não existe força nenhuma no mundo capaz de distanciá-la de seus sonhos.
 

- Nunca me importei com essa distância entre homens e mulheres. Sempre mostrei que isso não fazia a menor diferença pra mim. Minha vida inteira treinei com homens e batia neles. Podia vir quem vier, quando estávamos no ring, eu deixava bem claro que não importava o sexo, o que importava era habilidade. Nunca deixei isso me atrapalhar e não deixo até hoje. Você tem que acreditar. Se você tem um sonho, trace ele direitinho, corra atrás. Ninguém pode fazer mais por você do que você mesma. Não é fácil. Mas você não pode desistir. Sofrer agora para ter a glória depois - garante Bia"

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