sexta-feira, 14 de junho de 2019

Holandesa Nanette Konig completa 90 anos

Mais de seis milhões de judeus foram mortos durante a 2ª Guerra Mundial por ordem de Adolf Hitler. Mas, a holandesa Nanette Blitz Konig não só sobreviveu ao campo de concentração nazista, como no dia dos namorados completou 90 anos de idade.

Ela seria apenas mais uma holandesa naturalizada brasileira se não fosse colega e amiga de Anne Frank. Sim, aquela menina que viveu escondida dois anos num anexo em Amsterdã e escreveu o diário que se tornou virou um dos livros mais lidos no mundo. Até hoje, ela relembra sua História porque segundo ela "é necessário" as pessoas saberem para combater o racismo e a discriminação em nosso país.

Eu concordo plenamente com ela, pois estamos vivendo tempos de intolerância, avanço da extrema-direita na Europa; os  Estados Unidos, a primeira  Nação democrática, é governado por um conservador e Brasil está seguindo o mesmo caminho.! Então, quanto mais informações tivermos sobre o período nazista, melhor para combatermos!.
"Nas últimas duas décadas, a holandesa Nanette Blitz Konig, de 90 anos, tem se dedicado a relatar os horrores que testemunhou na 2ª Guerra Mundial, em especial sua relação com uma importante personagem.

Nanette foi amiga de escola de Anne Frank e as duas estudaram juntas no Liceu Judaico, em 1941, em Amsterdã. "Ela era muito inteligente e gostava de escrever", relembra a amiga, que até a idade compartilhava com Anne. Nesta quarta-feira, 12, ela faria 90 anos. Justamente nesta data, Nanette será a homenageada em um evento no Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto, em São Paulo.


Antes da guerra, as duas viviam o cotidiano de jovens estudantes judaicas em Amsterdã. Com a invasão nazista da Holanda, Nanette e sua família foram levadas para campos de concentração e extermínio, nos quais apenas ela sobreviveu. Anne e sua família, por sua vez, conseguiram se esconder por dois anos em um quarto oculto antes de serem entregues à polícia alemã por uma denúncia anônima, nunca esclarecida.
Nanette foi uma das últimas pessoas próximas a Anne a vê-la viva. As duas se reencontraram no campo de Bergen-Belsen em 1945 poucos meses antes do fim da guerra e de Anne morrer acometida pelo tifo. Nanette conta ter visto a amiga e sua irmã Margot através de arames farpados que separavam o campo. Por não aguentar mais tantos piolhos nas roupas, Anne estava enrolada apenas em um cobertor.

O tifo também atingiu Nanette. Quando foi resgatada, a holandesa, que também contraiu uma tuberculose, pesava menos de 30 quilos e precisou ficar três anos em tratamento médico. Internada em um hospital, recebeu a visita do pai de Anne, Otto Frank, que queria saber qualquer coisa sobre o que acontecera à filha. Mais tarde, ele deu a Nanette um exemplar do livro escrito pela filha, que se tornaria um dos mais importantes relatos do Holocausto. 

 
Salva pelo major britânico Leonard Berney, Nanette reencontrou parentes e reconstruiu a vida na Inglaterra. Sua família pediu que ela nunca mencionasse o que aconteceu, acreditando que isso a ajudaria a superar o trauma da guerra.

As lembranças ficaram guardadas até que Nanette conheceu John, um húngaro que vivia em Londres e se tornaria seu marido, pai de seus três filhos e grande confidente. O casal vive em uma calma e arborizada rua de São Paulo desde os anos 50, quando se mudou para o Brasil para viver perto de parentes dele."(www.em.com.br).




 

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