Ela seria apenas mais uma holandesa naturalizada brasileira se não fosse colega e amiga de Anne Frank. Sim, aquela menina que viveu escondida dois anos num anexo em Amsterdã e escreveu o diário que se tornou virou um dos livros mais lidos no mundo. Até hoje, ela relembra sua História porque segundo ela "é necessário" as pessoas saberem para combater o racismo e a discriminação em nosso país.
Eu concordo plenamente com ela, pois estamos vivendo tempos de intolerância, avanço da extrema-direita na Europa; os Estados Unidos, a primeira Nação democrática, é governado por um conservador e Brasil está seguindo o mesmo caminho.! Então, quanto mais informações tivermos sobre o período nazista, melhor para combatermos!.
"Nas últimas duas décadas, a holandesa Nanette Blitz Konig, de 90 anos, tem se dedicado a relatar os horrores que testemunhou na 2ª Guerra Mundial, em especial sua relação com uma importante personagem.
Nanette foi amiga de escola de Anne Frank e as duas estudaram juntas no Liceu Judaico, em 1941, em Amsterdã. "Ela era muito inteligente e gostava de escrever", relembra a amiga, que até a idade compartilhava com Anne. Nesta quarta-feira, 12, ela faria 90 anos. Justamente nesta data, Nanette será a homenageada em um evento no Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto, em São Paulo.
Antes da guerra, as duas viviam o cotidiano de jovens estudantes judaicas em Amsterdã. Com a invasão nazista da Holanda, Nanette e sua família foram levadas para campos de concentração e extermínio, nos quais apenas ela sobreviveu. Anne e sua família, por sua vez, conseguiram se esconder por dois anos em um quarto oculto antes de serem entregues à polícia alemã por uma denúncia anônima, nunca esclarecida.

Nanette foi uma das últimas pessoas próximas a Anne a vê-la viva. As duas se reencontraram no campo de Bergen-Belsen em 1945 poucos meses antes do fim da guerra e de Anne morrer acometida pelo tifo. Nanette conta ter visto a amiga e sua irmã Margot através de arames farpados que separavam o campo. Por não aguentar mais tantos piolhos nas roupas, Anne estava enrolada apenas em um cobertor.
O tifo também atingiu Nanette. Quando foi resgatada, a holandesa, que também contraiu uma tuberculose, pesava menos de 30 quilos e precisou ficar três anos em tratamento médico. Internada em um hospital, recebeu a visita do pai de Anne, Otto Frank, que queria saber qualquer coisa sobre o que acontecera à filha. Mais tarde, ele deu a Nanette um exemplar do livro escrito pela filha, que se tornaria um dos mais importantes relatos do Holocausto.

Salva pelo major britânico Leonard Berney, Nanette reencontrou parentes e reconstruiu a vida na Inglaterra. Sua família pediu que ela nunca mencionasse o que aconteceu, acreditando que isso a ajudaria a superar o trauma da guerra.
As lembranças ficaram guardadas até que Nanette conheceu John, um húngaro que vivia em Londres e se tornaria seu marido, pai de seus três filhos e grande confidente. O casal vive em uma calma e arborizada rua de São Paulo desde os anos 50, quando se mudou para o Brasil para viver perto de parentes dele."(www.em.com.br).
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