sexta-feira, 5 de julho de 2019

Paraty e Ilha Grande são Patrimônio da Humanidade

E a sexta-feira, amanheceu geladaaaaaa em Cuibá, com uma chuva rápida e um vento frio teremos um final de semana diferente na City. Um clima perfeito para curtir uma cama, sofá, ler um bom livro ou maratonar uma série, além de saborear um café, chocolate ou vinho e quem sabe até uma sopa ou escaldado.

Há pouco o Brasil foi surpreendido com a notícia que a cidade de Paraty e a Ilha Grande se tornara Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

"A cidade colonial de Paraty e a paradisíaca Ilha Grande, localizadas ao sul do Rio de Janeiro, foram declaradas nesta sexta-feira (5) Patrimônio da Humanidade pela Unesco por sua mistura única de riquezas históricas e naturais.

A decisão foi tomada na 43ª reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, que é realizada até a quarta-feira, dia 10, em Baku, capital do Azerbaijão.

Trata-se do primeiro lugar lugar misto (patrimônio cultural e natural) do Brasil, que conta agora com 22 localidades na lista de sítios reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Das 1.092 propriedades inscritas na Lista do Patrimônio Mundial, apenas 38 são mistas.

A área reconhecida abrange 149 mil hectares e inclui o centro histórico de colônias de Paraty (fundado em 1667 e declarado patrimônio histórico no Brasil em 1958) e quatro reservas naturais ao redor, incluindo a Serra de Bocaina - cujo pico máximo atinge 2.088 metros de altitude - e a ilha paradisíaca de praias da Ilha Grande, uma grande atração turística da chamada "Costa Verde" carioca.

O governo brasileiro concentrou sua candidatura na coexistência de culturas locais - indígenas, quilombolas (descendentes de negros escravizados) e comunidades costeiras de pescadores e artesãos - com rica biodiversidade.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), 85% da Mata Atlântica - um bioma que se estende por toda a costa brasileira - é preservada nessa área.

A candidatura listou 36 espécies de plantas consideradas raras, sendo 29 endêmicas, ou seja, exclusivas daquela região.
Espécies ameaçadas, como a onça-pintada, a anta, ou o macaco muriqui, principal primata da América do Sul, vivem nesta região, que também concentra 45% das aves e 34% dos sapos que vivem nas florestas atlânticas do Brasil.

O ambiente da área reconhecida pela Unesco também inclui uma imensa baía com 187 ilhas revestidas de vegetação nativa e uma rica diversidade marinha, que, apesar de não fazer parte do principal núcleo de proteção, terá regras para restringir a atividade humana e evitar o impacto no meio ambiente.

Entre os tesouros históricos de Paraty e da Ilha Grande, está um trecho da Estrada do Ouro, construída por escravos entre os séculos XVII e XIX, por onde transportavam os metais preciosos extraídos no interior de Minas Gerais até o porto de Paraty, destinados a Portugal.

Antigas fazendas, fortificações, adegas de cachaça e sítios arqueológicos fazem parte do circuito histórico.

A cidade, de cerca de 37.000 habitantes, recebe anualmente a Feira Literária Internacional (Flip) e outros eventos culturais.

Segundo as autoridades locais, o reconhecimento servirá para melhorias estruturais na cidade, como o sistema de saneamento, que ainda é precário.

É a segunda vez que o Brasil indica Paraty como candidato ao Patrimônio Histórico da Humanidade.

A vez anterior, sem sucesso, foi em 2009." 

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