sábado, 9 de novembro de 2019

Memorial do Muro de Berlim

Hoje, o mundo só fala na queda do Muro de Berlim, afinal são 30 anos de sua destruição. Entretanto, o que pouca gente sabe é que na Alemanha exatamente onde ficava o "muro da vergonha", existe um Memorial sobre o mesmo. Diferente de outros Memorais ela é a céu aberto e é totalmente gratuito. Eu confesso que não sabia de sua existência e fiquei feliz em saber que ali os alemães decidiram manter a Memória viva, uma vez que eles gostam de passar literalmente a "borracha" em fatos tenebrosos de sua História.!

Eu ainda me lembro do dia 9/11/1989 quando no Jornal Nacional foi anunciado sua queda e uma emoção indescritível me fez repetir: o muro de Berlim caiu... E passei a mão no telefone para ligar para os antigos colegas e amigos da História e perguntar se eles também estavam assistindo ao Jornal. Quando o repórter Sílio Boccanera, e não o Pedro Bial, subiu no muro que todos estavam tentando derrubar eu juro que meus olhos se encheram de lágrimas.!
 
"O Memorial do Muro de Berlim é um memorial para lembrar a divisão de Berlim e as pessoas que foram mortas ou morreram ao tentar fugir para o lado ocidental.

Neste local você poderá conhecer melhor a história do muro, sua construção, seu desenvolvimento, os fatos tristes e trágicos que estão associados com ele. Conhecer este memorial é como fazer uma viagem no tempo, é uma verdadeira aula de história.

O Memorial do Muro de Berlim está localizado na Bernauer Straße, rua que tem uma história única e trágica, que marca muitos acontecimentos deste capítulo triste da história de Berlim.
 

A rua Bernauer Straße marcava os limites entre os bairros Wedding e Mitte e com a divisão de Berlim em quatro setores após a guerra, a rua acabou ficando em dois setores: enquanto a rua em si pertencia ao setor francês (bairro Wedding), os prédios no lado sul da rua pertenciam ao setor soviético (bairro Mitte).

Enquanto as pessoas podiam se movimentar livremente a vida transcorreu relativamente normal, mas quando repentinamente, na noite de 13 de agosto de 1961, as barreiras começaram a ser erguidas as pessoas se viram da noite para o dia bloqueadas e separadas de seus amigos e parentes.

A rua foi palco de fugas desesperadas e dramáticas. Houve pessoas que com cordas desceram de seus apartamentos para a rua no lado ocidental, outras literalmente se jogaram das janela. Muitas pessoas se feriram nestas fugas e houve até uma morte. No dia 22 de agosto de 1961, no número 48 da rua Bernauer Straße, Ida Siekmann se jogou da janela do terceiro andar do prédio e se feriu gravemente ao cair na calçada, morrendo mais tarde no hospital. Este foi o primeiro caso de morte no muro de Berlim.

(...)

O Memorial do Muro de Berlim na rua Bernauer Straße é um museu a céu aberto, ele consiste de um trecho preservado do muro com a faixa de terra atrás que era chamada de “faixa da morte” – uma faixa com obstáculos e vigiada por soldados.

O memorial se estende por vários quarteirões da rua e em alguns trechos ao invés do muro, vigas de ferro marcam por onde o muro passava. Ao longo de sua extensão há colunas com quadros informativos, com textos (em alemão e inglês) e fotos que contam e mostram melhor como era o muro e como foi construído.

Fazem parte ainda do memorial: o Centro para Visitantes, localizado do outro lado da rua, serve como um ponto de partida onde os visitantes podem obter informações e orientações sobre o extenso memorial.
 

O Centro de Documentação, também localizado do outro lado da rua, há a exibição “Berlim, 13 de Agosto de 1961” que mostra os fatos relevantes e as circunstâncias que levaram a construção do muro, a construção em si e como tudo afetou a vida as pessoas.
 

A Capela da Reconciliação, uma capela oval com fachada coberta com vigas de madeira. Neste mesmo local havia uma igreja protestante, com mesmo nome, e por estar exatamente onde era a “faixa da morte” foi demolida em 1985 pelo governo da Alemanha Oriental. Com a queda do muro e a criação do memorial, foi erguida a capela atual no mesmo local.

A exibição “Estações Fantasmas”, na estação de metrô Nordbahnhof, mostra em fotos e textos distribuídos pela estação mais um lado absurdo da divisão da cidade. Diversas linhas de metrô de Berlim Ocidental passavam por estações que ficaram em território da República Democrática Alemã (RDA) e o metrô não podia parar nestas estações.

Com o tempo, para evitar fugas, foram levantadas paredes pelo governo da RDA nestas estações. Os metrôs passavam então por estas estações abandonadas e com o tempo ganharam o nome de “estações fantasma”."

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