terça-feira, 26 de maio de 2020

Os Mitos sobre a Ditadura no Brasil - 1ª Parte

Ditadura militar: atualize as histórias que te contaram na | Brasil
Mesmo tendo passado 56 anos do regime militar no Brasil; dos mortos e desaparecidos, torturas, censura, ainda tem gente que vai constantemente às ruas pedir o retorno da mesma. Eles pedem intervenção militar e o retorno do AI-5, o mais cruel dos 21 anos da Ditadura no país. Mas, por que será que muitos sequer nem nascidos fazem esses pedidos? Por que clamam pela opressão? Justamente por causa de alguns "mitos",história inventada, criados sobre a "maravilha" que era viver nos tempos da Ditadura. A História mostra o porque disso não pode acontecer novamente e irei postar em duas partes.


"No ano de 1964 ocorreu um golpe de estado que durou até 1985. Ao tirar o presidente João Goulart do poder, o regime militar impôs diversas regras a população, como a censura e repressão policial que, posteriormente, resultou em mortes e desaparecimentos com o decreto do AI-5.

Mesmo com o caos dos Anos de Chumbo, existem pessoas que ainda acreditam na falácia de que o Brasil era "um país melhor". Confira dez dos mitos sobre esse período que diversos brasileiros ainda defendem.

1. A ditadura não foi tão violenta

Há quem defenda que a ditadura não apresentou tanta violência como outros regimes da América Latina, e que países como a Argentina sentiram muito mais as repressões do exército.

O momento foi realmente mais sangrento em alguns países, mas isso não faz com que a ditadura do Brasil seja vista como branda, já que os mesmo direitos fundamentais também foram violados aqui, com torturas e assassinatos nos porões dos órgãos subordinados ao exército.

Não obstante, de acordo com uma pesquisa do governo federal, há relatórios que indicam que a lista de mortos pela ditadura é três vezes maior do que os números oficiais divulgados. Dessa maneira, o número poderia chegar a cerca de mil mortos e desaparecidos pelo governo antidemocrata.

2. A educação era livre

Algumas pessoas afirmam que a educação e o pensamento eram livres e não sofriam censura. Entretanto, o regime nunca priorizou o livre pensamento da população. Dessa maneira, aulas como história, filosofia e sociologia foram substituídas por Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira.

Consequentemente, o regime impôs um grande censura as questões de ideologia e muitos estudantes não tiveram contato com as matérias da grade oficial das escolas.

3. A saúde era melhor naquela época

O cenário não era melhor do que o atual. Ademais, era restrito aos trabalhadores formais, ou seja, que tinham carteira assinada. Dessa maneira, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social fez com que as prestações de serviço pago crescessem e atingissem 98% de sua capacitação.

Na época, os planos de saúde ainda não existiam e o saneamento básico era um problema constante, pois chegava a poucos locais do país, o que causava um aumento no número de doenças. Para piorar a situação, o Sistema Único de Saúde (SUS) só foi existir em 1988, quando a ditadura já havia acabado.

4. Naquela época, não havia corrupção

Diferente da democracia, a sociedade não tinha voz para denunciar a corrupção que existia. Sem pessoas especializadas e com o fim do Congresso Nacional, as contas públicas não eram analisadas e nem discutidas.

Neste período, como não havia controle de gastos, os militarem investiam milhões em obras e, por consequência, desviam parte desse montante. Com a censura do período, algumas palavras que conspiravam contra a reputação dos militares também eram pouco utilizadas: como a palavra corrupção. Além do mais, existem outros inúmeros casos de propinas e desvio de verbas.

5. O estabelecimento da ditadura militar evitou o comunismo

Embora o ex-presidente João Goulart defendesse as reformas de base, ele não compartilhava a ideia do comunismo. Mesmo assim, a imprensa fez com que grande parte da população acreditasse na necessidade de uma intervenção militar. Foi então que a suposição de um golpe comunista e um nivelamento à URSS surgiram como um motivo para a ação dos militares.

Entretanto, Goulart, que era chamado de marxista, mantinha fortes laços com o populismo. Além disso, uma pesquisa realizada um dia antes do golpe mostrava que o presidente tinha cerca de 70% de apoio popular na cidade de São Paulo."(aventuranahistoria)

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