sexta-feira, 24 de outubro de 2014

1º Prédio onde funcionou o Liceu Cuiabano

O prédio onde hoje funciona o "Ganha Tempo",  já abrigou o Liceu Cuiabano e a Imprensa Oficial de Mato Grosso. Sobre ele, Estevão de Mendonça assim escreveu em "Datas Matogrossenses":

"Destinado para servir de mercado, primitivamente constava de dois únicos compartimentos, com entrada pela Rua Bela do Juiz(hoje 13 de Junho). Foi sucessivamente ampliado até abranger toda a quadra, sendo então transferido o mercado para o lado oposto à Praça Marquês de Aracati (hoje Praça Ipiranga), ficando no primeiro lance instalada  a Contadoria Provincial.

Nos primeiros dias da invasão paraguaia serviu de alojamento à Guarda Nacional, e em, 1867, de Enfermaria Militar. Transformada a Contadoria em Tesouraria Provincial, voltou essa repartição  no ano de 1870 a funcionar ali, juntamente com o mercado.

Em 1880 passou por novas modificações, nele sendo inaugurado o Liceu Cuiabano. De 1884 até hoje tem servido, com alguma interrupção, de quartel da força policial, ora só, outras vezes  unido ao mercado".

Rubens de Mendonça  no livro "Ruas de Cuiabá" também se refere ao prédio "nesta praça eram, até 1876, realizadas as Touradas, que nesse ano foram transferidas para a Praça do Alegre, antigo Campo d'Ourique. Esta praça, antes de receber o nome do Marquês de Aracati, se chamava Largo da Cruz das Almas, no local onde hoje se encontra o "Corpo de Bombeiros", antes de ser quartel foi, em 1852, o Mercado Público, mais tarde quartel da Força Pública do Estado".

Através da Lei Provincial 536 de 3 de dezembro de 1879, por iniciativa do Presidente da Província, Rufino Enéas Gustavo Galvão, o Barão de Maracajú, foi criado o Liceu Cuiabano.

No dia 7 de março de 1880 foi solenemente instalado o Liceu Cuiabano em cerimônia prestigiada por quatro bandas de música. Na praça uma multidão formada de autoridades, funcionários públicos, militares e demais convidados, aguardavam a chegada do Presidente da Província. Depois dos discursos  o presidente da província declara instalado o Liceu e a seguir, lavrou-se uma ata para perenizar o acontecimento, onde assinaram todos os convidados e demais presentes.


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