segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Na Minha Pele - Lázaro Ramos

Um dos atores negros mais queridos do Brasil, acaba de lançar um livro que foi o mais vendido na Flip, Feira Literária Internacional de Paraty, de 2017. E nem precisa dizer que além de interpretar textos de Lima Barreto deixou a plateia encantada com seu eterno carisma.

"Negar que Luís Lázaro Sacramento Ramos - ou Lázaro Ramos, apenas - tenha talento não é fácil. Esse baiano só vai completar 40 anos no ano que vem e já tem uma trajetória consolidada nas artes, como ator, apresentador e cineasta. E também tem uma carreira paralela como escritor.

Já lançou três livros de literatura infantil e neste mês lançou "Na minha pele" (Objetiva / Companhia das Letras), livro onde compartilha com os leitores suas reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação.

Não procurei críticas e/ou resenhas que avaliassem o livro, mas, o que se sabe é que a obra caiu no gosto do público. Chegou ao terceiro lugar da Lista Geral dos Mais Vendidos do PublishNews, com 2.883 cópias vendidas já na primeira semana de livrarias.

Não se trata de uma biografia. Em "Na minha pele" Lázaro compartilha episódios íntimos e também suas dúvidas, descobertas e conquistas. Ao rejeitar qualquer tipo de segregação ou radicalismos, Lázaro nos fala da importância do diálogo. Não se pode abraçar a diferença pela diferença, mas lutar pela sua aceitação num mundo ainda tão cheio de preconceitos.
Um livro sincero e revelador, que propõe uma mudança de conduta e nos convoca a ser mais vigilantes e atentos ao outro.

Trechos do livro

Para ser sincero, eu nem mesmo ouvia o termo negro dentro de casa. "A gente, que é assim, tem de andar mais arrumadinho." A palavra "assim" dizia tudo e nada ao mesmo tempo. (...) Dindinha usava o cabelo para trás, cuidadosamente preso. O único produto de maquiagem que tinha era um pó de arroz que deixava a sua pela meio cinza. As meninas da família estavam sempre com tranças comportadas. Já o meu cabelo era bem curtinho, repartido e puxado para um dos lados, e eu vivia cheio de talco no pescoço "para ficar cheirosinho". Eu achava estranho, mas não dizia nada."( www.turmadoepa.com.br)

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