quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Praia de Botafogo - Rio de Janeiro

Em 1983 eu fui passar minhas férias no Rio de Janeiro. Era a primeira vez que eu viajava para a cidade maravilhosa. Ficamos hospedadas, eu e minha irmã Cleide Néli,  na residência de uma amiga de meus pais no bairro Botafogo.

Na época da fundação da cidade do Rio de Janeiro, vastas sesmarias foram doadas fora dos limites urbanos, em torno da baía de Guanabara. João de Souza Pereira Botafogo, proprietário e residente no local, deu nome à enseada, à praia e ao bairro que se formaria nos séculos seguintes.

 O grande impulso para a ocupação da área foi dado, no início do século XIX, pela figura ilustre da Princesa Carlota Joaquina, esposa do Príncipe-Regente D. João, que apreciava passar temporadas em uma chácara localizada na atual esquina da rua Marquês de Abrantes com a praia de Botafogo.

 Nos idos de 1846, um sistema de barcas a vapor fazia a ligação entre Botafogo e o Cais Pharoux (atual Praça XV de Novembro). Em fins de 1860, o estabelecimento de linhas de bonde facilitou o acesso ao bairro, permitindo a urbanização. A partir dessa época, as imponentes chácaras passaram a conviver com sobrados de classe média e com cortiços populares.

 Entre as maiores atrações da enseada de Botafogo está o conhecido Iate Clube do Rio de Janeiro, cujo cais e marina se fazem visíveis de quase todos os pontos do bairro.

 No início do século XX, quando da administração do prefeito Pereira Passos (1902-1906), a orla da praia recebeu os jardins da avenida Beira-Mar, estes tiveram projeto paisagístico do francês Paul Villon (Paulo Villon).

 Apesar de ser considerada um dos principais cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro, e estar ao lado de um dos principais ícones do Brasil, o Morro do Pão de Açúcar, a praia está altamente poluída, assim como a maior parte da Baía de Guanabara, estando entre as praias mais poluídas do estado do Rio de Janeiro.

Mesmo sendo poluída havia crianças tomando banho de mar como se água estivesse cristalina o que me deixou impressionada naquela tarde ensolarada de janeiro.O Pão de Açúcar ao fundo, eu só visitei muitos anos depois, quando o medo de altura diminuiu um pouquinho para poder apreciar a maravilhosa cidade lá do alto.

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