Uma das figuras mais intrigantes da história mundial é  o inglês Percy Harrison Fawcet. Eu particularmente acho a histórica expedição dele para o interior do Mato Grosso em busca de uma cidade que tinha relação com a lendária Atlântida épica. Como ele nunca retornou surgiram as lendas mais fantásticas. Lendo algumas notícias antigas do Diário de Cuiabá, 2001,  achei essa que irei postar aqui.
"Em 1906, através da Sociedade 
Geográfica Real Inglesa, o coronel Percy Harrison Fawcet foi contratado 
pelo governo boliviano para traçar os limites com o Peru, pois era 
intenso na ocasião o litígio de fronteira. Em 1908, por conta própria, o
 coronel decidiu traçar também os limites da Bolívia com o Brasil, única
 parte do mapa que ainda permanecia em branco. Segundo conta o 
jornalista Hermes Leal em seu livro “Coronel Fawcett – A verdadeira 
história do Indiana Jones”, o coronel, “com seu inseparável chapéu 
Stetson, uniforme cáqui e botas longas, chegou em San Matias montado em 
um cavalo, seguido por uma trupe de conquistadores dispostos a enfrentar
 desde um exército de índios a um enxame de abelhas”.
O fato é que o coronel calculou mal o tempo que gastaria para chegar às 
cabeceiras do rio Verde, os mantimentos se acabaram e a expedição ficou 
refém das vontades da natureza. Quanto mais se aproximavam da nascente, 
mais a mata ficava silenciosa. Não havia o que caçar ou pescar, porque 
aparentemente os peixes morreram envenenados pela água do rio, poluído 
por uma erva amarga. Não havia sinal de vida naquele fim de mundo, e os 
peões já pensavam em comer os cachorros da expedição. Só não o fizeram 
porque os cães morreram, provavelmente envenenados. Fawcett chegou a 
retirar as armas dos homens com medo de que eles fizessem uma besteira.
Foram 20 dias comendo apenas um “palmito sem gosto” na região que o 
coronel Fawcett descreveu mais tarde como um “inferno envenenado” e 
inspirou o “Mundo Perdido”, de Arthur Conan Doyle. À propósito, a 
salvação dos homens surgiu na forma de um veado, que foi morto pelo 
coronel Fawcett quando alguns já pensavam em suicídio. Após o churrasco,
 a expedição pôde voltar sem mais problemas para Vila Bela.
De acordo com o professor Simon Chapman, a maior virtude do coronel 
Fawcett era a sua determinação em cumprir as suas missões. “Mesmo 
passando fome, ele não deixou de traçar a fronteira entre o Brasil e a 
Bolívia, trabalho que ele fez com competência reconhecida até hoje”, 
afirma ele.
A última expedição do coronel Fawcett foi realizada em 1925. Ele e seu 
filho desapareceram na região de Mato Grosso onde fica hoje o Parque 
Nacional Indígena do Xingu. Ele estava disposto a encontrar ali as 
ruínas de uma cidade originária da Atlântida e pesquisar a existência de
 ouro nas minas da região. Como não voltou até hoje, alguns acreditam 
que ele tenha achado a civilização perdida e ficado por lá mesmo. 
Diversas expedições foram organizadas para encontrá-lo. A do sertanista 
Orlando Villas Bôas afirmou ter encontrado a ossada do coronel. É 
provável que ele tenha sido morto por índios."(Diário de Cuiabá)

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