domingo, 11 de fevereiro de 2018

A Nova Segregação Michelle Alexander

E o domingão amanheceu chovendo de novo e os pássaros não estão executando seu canto mavioso. É verão no Brasil e as chuvas mesmo sendo uma constante, nos deixam preguiçosos sem nenhuma vontade de grandes esforços. Ouvir música e ler aconchegada no sofá ou na cama é a melhor pedida numa manhã como essa.

Há pouco eu estava lendo o Jornal A Gazeta e eles recomendam um livro chamado "A Nova Segregação: Racismo e Encarceramento em Massa", lançado em 2010 nos Estados Unidos. Eu confesso que não o conhecia e pela sinopse deve ser bastante interessante, então aproveito para recomendar para os leitores. 

Todos sabemos que a questão da cor da pele nos Estados Unidos foi definido desde a Revolução Americana em 1776 e posta claramente na Constituição que perdura até hoje, portanto, lá não existe uma falsa "democracia racial" como no Brasil. E a situação dos negros  atrás das grades não é tão diferente de quando estão em liberdade.

 "Publicada originalmente em 2010, a obra vendeu mais de 600 mil exemplares e permaneceu na lista de mais vendidos do The New York Times por mais de 150 semanas. O livro desafiou a noção de que o governo Obama assinalava o advento de uma nova era pós-racial e teve um efeito explosivo na imprensa e no debate público estadunidense, acumulando prêmios e inspirando toda uma geração de movimentos sociais antirracistas. A nova segregação ganhou o NAACP Image Award de melhor não ficção em 2011. A edição brasileira tem apresentação de Ana Luiza Pinheiro Flauzina, orelha de Alessandra Devulsky, revisão técnica e notas Silvio Luiz de Almeida. Pedro Davoglio assina a tradução.

“O sistema de castas raciais nos EUA não foi superado, foi meramente redesenhado”, diz a jurista. Ao analisar o sistema prisional dos EUA, Alexander fornece uma das mais eloquentes exposições de como opera o racismo estrutural e institucionalizado nas sociedades ocidentais contemporâneas. Para a autora, o encarceramento em massa se organiza por meio de uma lógica abrangente e bem disfarçada de controle social racializado e funciona de maneira semelhante ao sistema ‘Jim Crow’ de segregação, abolido formalmente nos anos 1960 após o movimento por direitos civis nos Estados Unidos. Não é à toa que este país possui atualmente a maior população carcerária do mundo (com o Brasil pouco atrás, em 4º lugar, depois da China e da Rússia)."( www.boitempoeditorial.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário