terça-feira, 12 de setembro de 2017

A Temporada de Furacões nos Estados Unidos e Caribe

Os furacões que estão assustando os americanos nas últimas semanas já criando teorias da conspiração aqui no Brasil: "é o apocalipse"; "Jesus está voltando"; "é o fim do mundo". Quem tem conhecimento de geografia sabe que a temporada de furacões nos Estados Unidos, acontece entre a primavera e o verão durante todos os anos.

O furacão Harvey atingiu o Texas no dia 25 de agosto provocando estragos incalculáveis; e agora é a vez do Irma que já atingiu as Ilhas do Caribe e no domingo chegou na Flórida. Então, resolvi ler sobre a formação dos furacões para postar aqui.

"Katrina, Sandy, Mathew, Harvey. Todos esses são nomes de furacões de alta intensidade que atingiram os Estados Unidos da América nos últimos anos. Mas, por que os EUA são tão atingidos por tantos furacões e tornados?

Primeiramente, precisamos saber como se formam essas tempestades de ventos e chuvas. Os furacões são causados pelo aquecimento das águas dos oceanos em latitudes intertropicais. Durante os meses da primavera até o início do verão no Hemisfério Norte, ocorre a Temporada de Furacões do Atlântico Norte.
 Nessa época, a incidência de raios solares aumenta e, por conseguinte, aumenta a temperatura das águas desse oceano. Com temperatura média de 27 °C, essas massas de água quente começam a evaporar, e o vapor de água, ao condensar-se, forma grandes nuvens, que chegam a 500 quilômetros de extensão.


O ar mais quente e úmido fica menos denso e, por isso, começa a subir, diminuindo a pressão atmosférica na superfície e criando uma área de baixa pressão. Contrariamente, nos arredores dessa superfície, tem-se uma região de ar frio e alta pressão atmosférica. Essa dinâmica atmosférica faz com que haja um deslocamento de massas de ar da região de alta pressão para o centro, formando os velozes ventos do furacão.
Esses ventos vão carregar a umidade presente na superfície das águas oceânicas e acentuar o processo de formação de grandes nuvens de chuva e de aumento da temperatura, dando origem aos furacões. Abaixo das nuvens, tem-se o olho do furacão, com cerca de 20 quilômetros, e essa área centralizada forma uma coluna de ar, onde há muito calor e não chove, o que contribui para retroalimentar o sistema do furacão com vapor de água. Como o movimento de rotação da Terra é de oeste para leste, o furacão desloca-se no sentido anti-horário no Hemisfério Norte e forma um funil, onde suas paredes atingem ventos de até 250 km/h.
 O furacão tende a buscar regiões onde a água está mais quente para continuar seu ciclo, por isso, ele movimenta-se do oceano rumo ao continente, que costuma ser mais quente devido ao efeito de continentalidade. Ao atingir o continente americano, em especial as costas leste e sul e o meio oeste, nas Grandes  Planíceis, o furacão perde um pouco da força e dissipa-se, mas provoca inundações e estragos, deixando milhares de mortos e desabrigados.

O tempo de formação, duração e dissipação de um furacão é suficiente para que ele seja previsto pelas agências de monitoramente, porém isso não impede o poder de destruição desse evento meteorológico.

O furacão Harvey, que atingiu o Texas em agosto de 2017 com seus aproximados 320 km de diâmetro, causou um grande estrago na cidade de Houston. Após isso, o furacão perdeu sua força e virou uma tempestade tropical.
O exemplo mais palpável do que pode fazer o Irma são as pequenas ilhas orientais do Caribe. Em Barbuda,  atingida pelo olho do tufão, 95% da ilha foi devastada. “Dá vontade de chorar”, disse o primeiro-ministro Gaston Brown. Ali foi registrada apenas uma morte. Em São Martinho e São Bartolomeu, também demolidas pelo vento e inundações, houve pelo menos quatro mortes.
 
No total, as autoridades americanas ordenaram que 6,3 milhões de pessoas deixassem as suas casas na Flórida. Mais de um milhão já haviam recebido uma ordem de evacuação obrigatória. Ao menos três pessoas morreram na região até ... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/09/10/devastador-por-onde-o-furacao-irma-passou-ate-agora.htm?cmpid=copiaecola
 Apesar de não estar no olho do furacão, Miami sofreu com a força dos ventos, que chegaram a até 215 quilômetros, derrubando árvores e placas, segundo as autoridades. Com o grande volume de chuva, as ruas estão inundadas diante da ineficiência dos escoadouros em dar vazão ao grande volume de água." (brasilescola.uol.com.br)

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