sexta-feira, 27 de julho de 2018

O Stonehenge Alemão

Se o sítio arqueológico de Stonehenge na planície de Salisbury na Inglaterra ainda é um mistério, imagina descobrir um outro totalmente de madeira na Alemanha? Como não amar a arqueologia?
"Uma recente escavação feita no sítio arqueológico de Ringheiligtum Pömmelte, conhecido como o ″Stonehenge da Alemanha″, revelou novas evidências de que o local seria utilizado para rituais de sacrifício humano. Localizado na cidade de Pömmelte, no leste do país, ele fica a cerca de 136 quilômetros de Berlim. 

Os arqueólogos encontraram crânios e ossos quebrados de crianças, jovens e mulheres adultas, enterrados em covas ao lado de machados, vasilhas, ossos de animais e antigos moedores feitos de pedra. Eles acreditam que as vítimas foram jogadas ou empurradas para as covas, e que pelo menos um dos adolescentes tinha as mãos atadas quando isso aconteceu.

Segundo o líder da pesquisa, o arqueólogo André Spatzier, os mortos podem ter sido vítimas de um ataque repentino. Mas as evidências apontam para um ritual de sacrifício humano. “Como nenhum homem adulto foi encontrado enterrado no local, e objetos quebrados, usados em rituais, foram enterrados com os corpos, essa teoria é a mais provável”.

Assim como o Stonehenge, na Inglaterra, o Ringheiligtum Pömmelte é um monumento circular sagrado, formado por cercas circulares e sepulturas. Feito de estruturas de madeira, ele foi descoberto em 1991, mas as escavações só tiveram início recentemente.

Os especialistas acreditam que povos antigos construíram o monumento durante a transição do período Neolítico para a Idade do Bronze, por volta de 2300 a.C. A construção teria servido como centro de poder da elite local e utilizada em cerimônias religiosas e rituais de oferenda.

Por volta de 2050 a.C., no fim da principal ocupação humana na região, o monumento teria sido destruído em um ritual. “Parece que eles tiraram os postes de madeira, colocaram oferendas dentro deles e queimaram tudo, enterrando as cinzas em uma vala”, afirma Spatzier. O local passou por um longo processo de reconstrução e foi aberto ao público em 2016."(Revista Aventura na História)


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