terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Clube dos Cinco, um Filme Cult

Alguns filmes são inesquecíveis e atemporal e é o caso do "Clube dos Cinco", que mesmo depois de 30 anos, atualmente é considerado cult, continua sendo admirado pelas novas gerações. Aliás, os anos 1980 ainda desperta curiosidade em quem não os vivenciou.

Eu assisti novamente e é a "nossa cara", ou seja, os anos 80 onde não existia a internet, celulares e as amizades eram para vida toda ou quase... Andy Meyer, produtor executivo do filme em 1985, disse em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de um remake do Clube dos Cinco e que “ se fosse feito hoje em dia, todo mundo ficaria apenas mandando mensagem no celular”, ele brinca aos risos.

Eu  concordo com o Andy, afinal, por que mexer num filme tão maravilhoso como esse, para mostrar a vida de estudantes  que ficam perdendo tempo com vídeos sem nexo? Ou com mensagens que não aumentam sua inteligência ou senso crítico? 
Eu recomendo esse Cult com todo prazer, pois os diálogos entre os estudantes, as questões de disciplina, relação familiar é muito atual.
"Clube dos Cinco é sobre um grupo de adolescentes dos anos 80 em detenção em um sábado na escola. Essa premissa pode fazer com que alguns o subestimem, mas o filme é extremamente competente. Na verdade, o fato de as pessoas desvalorizarem-no por ser um filme adolescente exerce com ele um interessante diálogo, afinal, ninguém leva aqueles jovens realmente a sério. 

O longa se inicia com uma citação de “Changes”, do David Bowie: “E essas crianças nas quais você cospe / Enquanto tentam mudar seus mundos / São imunes às suas consultas / Elas estão bem cientes do que estão passando”. Esse trecho passa a essência da película, pois os jovens que a protagonizam não valorizam os adultos que não os levaram a sério durante suas vidas.

A obra conta com cinco personagens principais, apresentados segundo estereótipos: um cérebro (Anthony Michael Hall), um atleta (Emilio Estevez), um caso perdido (Ally Sheedy), uma princesa (Molly Ringwald) e um criminoso (Judd Nelson).
O roteiro conta com excelentes diálogos, como os da cena em que os jovens falam sobre a causa de suas detenções, desenvolvendo de maneira sutil e intimista todos os cinco protagonistas.

Hughes fora capaz de criar uma grande obra, apresentando um sensível — e divertido — estudo sobre adolescentes, concretizado com belíssimas atuações. Quase uma cápsula do tempo dos anos 80, sua ótima trilha sonora, notória pela canção “Don’t you (forget about me)”, da banda Simple Minds, é mais um acréscimo à sua excelência. 
Não obstante, Clube dos Cinco não se limita ao retrato que compõe de seu tempo, perdurando principalmente não por sua característica atmosfera, hoje iconicamente relacionada à sua época, mas por sua empatia e humanidade."(www.cinemadebuteco.com.br)
 

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