sexta-feira, 15 de julho de 2016

Adeus, Hector Babenco

Todos sabem que sou cinéfila e poucos filmes nacionais são de meu agrado, entretanto, não podemos deixar de admirar Hector Babenco. Seus filmes são tão realistas que nos deixa com um nó na garganta e muitas interrogações na mente!

Das inúmeras homenagens eu escolhi esta...


"Babenco nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1946 e se mudou para o Brasil aos 19 anos. Naturalizou-se em 1977. Fez aqui uma carreira com filmes de peso. Antes de fazer seu primeiro longa, assinou a produção e codireção do documentário "O fabuloso Fittipaldi" (1973), em parceria com Roberto Farias.

Seu primeiro trabalho de ficção como cineasta foi "O rei da noite" (1975). Estrelado por Paulo José e Marilia Pêra, o filme mostra a história de Tertuliano, narrada por ele mesmo, desde sua infância até a velhice.

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Depois, veio um clássico do cinema nacional, como "Lúcio Flávio, o passageiro da agonia" (1977), em que Reinaldo Faria interpreta o bandido que ganhou notoriedade nos anos 1970 pelos roubos e fugas espetaculares.

Indicação ao Oscar

Um dos principais trabalhos de Babenco é "O beijo da Mulher-Aranha" (1985), pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor diretor. O longa rendeu a estatueta de melhor ator para William Hurt e concorreu também nas categorias de roteiro adaptado e de melhor filme. Sônia Braga e Raul Julia ("Família Adams") também estavam no elenco.


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Outra obra marcante de Babenco foi seu trabalho seguinte, "Pixote: A lei do mais fraco" (1982), que conta a história de um garoto que faz parte de um grupo de crianças de rua. Após sofrer muito em um reformatório, ele faz aliança com uma prostituta, interpretada por Marília Pera.

Na vida real, "Pixote" terminou em tragédia. O ator Fernando Ramos da Silva, que interpretou o protagonista do filme, acabou não seguindo carreira. Sete anos após o lançamento do filme, foi assassinado por policiais em São Paulo.

Dirigiu astros internacionais

Ao longo da carreira, Hecton Babenco também dirigiu astros do cinema internacional. Em "Ironweed" (1987), dirigiu Jack Nicholson e Meryl Streep – e os dois foram indicados ao Oscar pelos trabalhos.

Já em "Brincando nos campos do senhor" (1990), dirigiu Aidan Quinn e Katty Bates. Depois deste último, passou um longo período sem fazer filmes após descobrir um câncer linfático. Seu trabalho seguinte foi "Coração Iluminado" (1998), que antecedeu "Carandiru" (2003). O filme resultou ainda na série "Carandiru – Outras hitórias" (2005), codirigida por Walter Carvalho e Roberto Gervitz e exibida pela TV Globo.

Hector Babenco também dirigiu de teatro, com destaque para "Loucos de amor" (1988), "Closer – Mais perto" (2000) e "Hell" (2010). A montagem mais recente havia sido "Vênus em visom", em cartaz em 2013 e em 2014.

Última obra
Em seu tratamento contra o câncer, Babenco se submeteu a um transplante de medula nos anos 1990, experiência que resultou em seu último filme, o autobiográfico Meu amigo hindu" (2015).

O protagonista é um cineasta chamado Diego – o papel é do ator americano Willem Dafoe – que descobre um câncer em estado terminal. Quando confrontado pela Morte (Selton Mello), ele expressa só um desejo: realizar mais um filme.

O título do filme é uma referência a um garoto indiano que Diego conhece nos Estados Unidos, que também passa por tratamento, e com quem o protagonista encontra uma saída lúdica para enfrentar a doença."(G1)

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