quarta-feira, 20 de julho de 2016

Holocausto Brasileiro - O Livro

No Brasil existem  assuntos que são extremamente proibidos de se falar e só chega até nós, graças a ousadia de jornalistas e pesquisadores comprometidos com a verdade. Já estudamo sobre o Holocausto alemão, entretanto, no Brasil aconteceu algo semelhante com os chamados "loucos" de Minas Gerais.

"O livro HOLOCAUSTO BRASILEIRO, da jornalista Daniela Arbex, retrata um pouco das histórias vividas e não vividas pelos “pacientes” do Colônia ao longo de suas longas décadas de funcionamento. Um relato sobre seres humanos – um tanto que joselinos – que foram sendo depositados no estabelecimento feito bichos peçonhentos, muitos sem motivo aparente ou com diagnóstico de tristeza ou porque “davam muito trabalho aos pais”, a citar alguns dos mais esdrúxulos possíveis.

Um cenário tenebroso que geralmente começava quando se colocavam as pessoas nos vagões do trem que desembocava na Estação Bia Fortes, conhecido como “Trem de doido”. Fato é que cerca de 60 mil pessoas foram definhadas lentamente pelas forças e vontades do Estado, com direito ao uso dos moldes mais horrendos de tortura e encarceramento social. E estes mesmos 60 mil morreram ali, esquecidos e sem o mínimo de dignidade.

HOLOCAUSTO BRASILEIRO é um livro que fala sobre os meandros da luta antimanicomial que ainda é travada até os dias de hoje, e que divide opiniões de especialistas e leigos no assunto. Com uma narrativa muito simples e rápida, apoiando-se também em muitas imagens que causam revolta e indignação, a obra escancara um problema de ordem social e humana que pode ser visualizado todos os dias, em diversas localidades do país e do mundo, em diferentes instituições.

O descaso é tremendo e quase sempre ninguém sabe de quem é a culpa quando uma bomba explode neste meio. Não diria que HOLOCAUSTO BRASILEIRO é a obra que fecha a discussão do caso de Barbacena, mas uma que abre o nosso olhar para a necessidade de se investigar mais a fundo tal história, que não é pequena, muito menos insignificante. É preciso conhecer o que aconteceu nos pavilhões do Colônia, para que tenhamos ainda mais noção do país em que vivemos, país capaz de fomentar um genocídio de tamanha animalidade. E pensar que o caso de Barbacena é apenas um dentre muitos."(paginacultural.com.br)

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