domingo, 4 de março de 2018

As Guerreiras de Daomé

O domingo amanheceu lindo com sol, brisa, pássaros cantando e no rádio Centro América FM a música de qualidade já está tocando. Também já li o jornal para me manter sempre bem informada.

Hoje, iremos destacar em homenagem ao "Dia Internacional da Mulher", algumas mulheres que mudaram a História da Humanidade. Vamos começar com um grupo que mais parece uma das inúmeras lendas africanas.

E poucos notaram a referência de um grupo de mulheres guerreiras do filme Pantera Negra e as Amazonas de Daomé/Benin. Mesmo com todos comentários sobre a película antes da estreia, somente uma aluna citou a referência para meu desespero.! 

Já está circulando na web, 1/3/2018, que as atrizes Viola Davis e  Lupita Nyong’o se juntarão no filme The Woman King no qual ambas interpretarão um grupo militar só de mulheres na África, chamada de Ahosi. Ahosi eram grupos de guerreiras que formavam o Império Daomé (atual Benin), no século XIX. A história do filme mostrará Nanisca (Davis), general do grupo e sua filha Nawi (Nyong’o). Então, meu povo vamos ficar atentos para não ficar com a "cara de interrogação": do que será que a profª está falando.

Antes de contar a História das guerreiras vamos ler o que a Marvel disse:

"No Universo Marvel, as Dora Milaje, ou as Adoradas, foram criadas por Christopher Priest no seu run do Pantera Negra em 1998. Eram tidas como "Esposas em Treinamento" do Pantera Negra, que selecionavam uma garota em cada tribo de Wakanda para aprender a lutar, defender e assim andar com seu Rei em diversas missões do mundo. 

Essencialmente, eram figuras criadas para manter a paz entre as muitas tribos de Wakanda, serviam como guarda-costas e companheiras. Em vários momentos, Priest deixou claro que o termo "Esposas em Treinamento" era uma questão cerimonial e que necessariamente elas não estariam vinculadas a ele num matrimônio. Em dado momento, as Dora Milaje eram liberadas de seus votos pelo Rei e poderiam seguir suas vidas enquanto outras novas a substituiam. 

Nos quadrinhos mais recentes, um grupo dissidente de Dora Milaje, chamadas de Anjo da Meia Noite, se rebelaram e fundaram um reino próprio nas Terras Jabari onde recebiam apenas mulheres, principalmente as que sofreram com abuso ou eram oprimidas em meio às tribos que fazem parte do Reino de Wakanda". 
"As guerreiras “Ahosi” de Daomé (Atual Benin, país do continente Africano) são a única unidade feminina reconhecida historicamente, ou seja, nunca antes no século XVII foram encontrados registros de um exército somente de mulheres guerreiras na História Mundial. Como vimos anteriormente, nos artigos anteriores da saga de nossa página Reviver a História: “Mulheres Guerreiras”, a arte da guerra era comum a mulheres de diversas tribos celtas da Antiguidade e, historiadores e arqueólogos acreditam que de fato existiram mulheres nórdicas que dominavam instrumentos de guerra e faziam parte dela. Entretanto, em nenhum desses casos (e outros que ainda vamos ver) não existiu uma oficialidade da mulher na luta, muito menos enquanto parte de uma unidade militar e é isso, além de um treinamento brutal, que faz das Ahosi africanas diferentes desses casos.

Ao que tudo indica, as Ahosi, que significa “mulheres do rei” e que também eram conhecidas por “mino” traduzido para o português como “mães” ou “minha mãe”, e ainda como “gebto”; inicialmente não eram guerreiras mortais, mas sim caçadoras de elefantes, isso no fim do século XVII, onde encontramos os primeiros registros sobre elas. De acordo com a teoria mais popular, as Ahosi foram formadas sob o reinado de Hwegbajá com essa intenção, entretanto, já no século XVIII, o novo rei Agadja, filho do anterior, ficou encantado com a ferocidade delas e decidiu que as transformaria de caçadoras de elefantes em suas guarda-costas, mulheres aptas a protegê-lo dentro do palácio. Outra teoria indica que a unidade militar das Ahosi, enquanto guerreiras palacianas, foi criada em 1645 pelo rei Ada Onzoo; suas armas de guerra eram tacos, lanças e arcos de guerra. De um número inicial de 800 mulheres guerreiras, foram se expandindo de forma tão rápida que chegaram a ser metade do exército real, em torno de mais de 4000 guerreiras.

O treinamento de uma guerreira Ahosi era forte, bruto e procurava não apenas transformar uma mulher de Daomé em uma guerreira mortal, mas também a insensibilizá-la a fim de que suas dores fossem superadas, de que jamais o medo fizesse parte de suas batalhas e que sua sede de sangue nunca se extinguisse. Além de tudo, seu treinamento exaustivo e brutal era também uma forma de lembrá-las a sempre superarem os homens nesses mesmos quesitos, não como forma de demonstrar sua superioridade a fim de derrotá-los, mas para demonstrar que por serem mulheres, elas poderiam provar ser tão boas quanto eles. Vivendo em uma sociedade patriarcal, as daomenianas que desejavam fazer parte do exercito Ahosi ainda tinham essa prova a mais. A última sobrevivente  do Daomé morreu com a idade de 100, em 1979, uma mulher chamada Nawi que foi descoberta vivendo em uma vila remota"(https://tudorbrasil.com)


Nenhum comentário:

Postar um comentário