terça-feira, 17 de abril de 2018

Christopher Lee Participou da 2ª Guerra Mundial

Em 2015, o mundo foi surpreendido com a morte do ator Christopher Lee aos 93 anos. Ele ficou conhecido mundialmente após papeis icônicos no cinema, como Drácula, o homem com a pistola de ouro Francisco Scaramanga, o Conde Dookan de Star Wars e Saruman, da trilogia Senhor dos Anéis.

O que poucos sabem é que ele participou da 2ª Guerra Mundial e que estava sob as ordens do 1º Ministro Winston Churchill no grupo Executivo de Operações Especiais.

 "No primeiro ano da II Guerra Mundial (1939), Lee morava na Finlândia. Ele atuou por lá como voluntário em um grupo de guerrilha inglês, embora apenas recebesse ordens secundárias de capitães que não lhe confiavam grandes responsabilidades. Entediado, ele decidiu então voltar a seu país.

Em 1940, com 18 anos de idade, Lee se alistou na Força Aérea Britânica, onde trabalhou como oficial de inteligência em operações secretas contra a resistência nazista.

Em seguida, ele foi enviado ao norte da África como agente infiltrado da Long Range Desert Patrol,  rede militar precursora da SAS (unidade de elite das forças especiais de guerra).

Tendo sobrevivido heroicamente em territórios hostis, Lee voltou à Inglaterra novamente para atingir o ápice de sua carreira militar: ele foi designado ao Executivo de Operações Especiais  (mais conhecido como o grupo de guerra liderado por Winston Churchill). A missão deles era muito simples: “Pôr a Europa em chamas”.
Lee sempre foi elogiado por sua honra nos esforços militares. Mas, infelizmente, é bem comum que veteranos de guerra sofram de estresse pós-traumático, e Christopher Lee sofria. Ele nunca se sentiu confortável falando sobre suas experiências nos campos de batalha, justamente pelas cicatrizes psicológicas desses traumas que ofuscavam seu orgulho.

Em um raro depoimento sobre essa fase conturbada, o inglês afirmou:
 

“Quando você está envolvido em uma guerra vale aquele ditado de que, se o seu nome está escrito em uma bala, não há nada que você possa fazer. Eu realmente estive com muito medo em algumas ocasiões, e qualquer um que dissesse não estar com medo era um mentiroso. Durante a guerra você é ensinado a matar, e tem a benção das autoridades para fazer isso.”

Perguntado sobre como ele lidava com a questão da morte, Lee falou:
 

“Eu já vi tantos homens morrerem na minha frente que me tornei uma pessoa endurecida. Você vê o pior que um ser humano pode fazer ao outro; os resultados da tortura, mutilação; e alguém ser despedaçado por uma bomba: você acaba desenvolvendo uma espécie de ‘concha’. Mas você tinha que fazer isso, caso contrário, nunca teria vencido.”(www.laparola.com.br).

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