quarta-feira, 28 de março de 2012

Maria de Arruda Muller - Uma 1ª Dama como Poucas

" Maria de Arruda Müller (Cuiabá, 9 de dezembro de 1898 - Cuiabá, 4 de dezembro de 2003)  foi uma professora e poetisa brasileira.

Participou ativamente da história política e cultural de Cuiabá e do estado de Mato Grosso.
Às vésperas de completar 105 anos, faleceu às 9h30min no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, de infarto. Filha de João Pedro de Arruda e Adelina Ponce de Arruda. Neta de Generoso Ponce.  A governadora interina Iraci França  decretou luto oficial no estado de Mato Grosso por três dias. Foi sepultada no Cemitério da Piedade. 

Professora desde os dezesseis anos, Maria Müller deixou as salas de aula aos 96 anos de idade, por razões de saúde. Começou a vida profissional como auxiliar de professora.
Generoso Ponce, seu avô e uma das grandes lideranças políticas estaduais matogrossenses, na virada do século XIX para o XX,   a presenteava com livros, estimulando e desenvolvendo o gosto pelo estudo. Aos cinco anos, já estava alfabetizada.

Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Educativo,   grau de grande oficial. Primeira mulher a conquistar uma cadeira na Academia Mato-grossense de Letras, em 1930.  Presidiu a LBA   durante a Segunda Guerra Mundial,   inclusive providenciando cuidados para com as famílias dos soldados.

Atuou na política, educação, literatura e cultura regional, sendo poetisa, com três livros publicados.
Em 2002,   o ministro da Educação, Paulo Renato de Souza,   entregou-lhe a comenda da Ordem Nacional do Mérito Educativo em mãos, na sua própria casa. Criada em 1955  pelo presidente Café Filho,  essa comenda homenageia personalidades que prestaram serviços excepcionais à educação.
Fundou a primeira revista feminina de Mato Grosso, A Violeta. Colaborou em jornais como O Cruzeiro e A Cruz.

Casou em abril de 1919  com Júlio S. Muller,   o interventor nomeado por Getúlio Vargas,  de 1937 até 1945.   No período da intervenção, fundou o Abrigo Bom Jesus, para crianças carentes, e o Abrigo dos Velhos. Em 1942,  revelando seu lado de ativista feminina, fundou a Sociedade de Proteção à Maternidade e Infância de Cuiabá. Nessa época, o marido construiu a ponte sobre o Rio Cuiabá,  a estação de tratamento de água e o Colégio Estadual de Mato Grosso, o Liceu Cuiabano.  Estas obras, realizadas quando se cogitava em transferir a capital para Campo Grande, ajudaram a manter a posição de Cuiabá como capital do estado."

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