quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A História Oficial, O Filme

Alguns filmes são considerados atemporal eA História Oficial”, que foi a primeira produção argentina a conquistar um Oscar de melhor filme estrangeiro, além de cravar uma indicação à melhor roteiro original na mesma premiação. E não só. A obra levou diversos outros prêmios, incluindo em festivais como Cannes e Berlim. 

Neste Bimestre, os alunos apresentaram os Seminários sobre as Ditaduras na Argentina, Brasil e Chile e quanto mais conhecimento sobre os chamados "anos de chumbo" melhor. 

Para quem desconhece os horrores que a população da Argentina vivenciou nos anos de 1976 a 1983 eu recomendo esta película incrivelmente perturbadora...

"A História Oficial, um filme que, sim, muito pode nos ensinar sobre sua história; com ele, sim, pode-se traçar paralelos entre nossas trajetórias, sob o julgo de ditaduras, para além de anedóticas disputas sobre hegemonia cultural.

Importa, então, tratá-lo como uma das obras mais conhecidas e vistas dos anos de 1980, tanto quanto uma das que mais suscita curiosidade, por conta de sua fortuna crítica e concomitante alheamento de seu diretor. 


A História Oficial é uma película cujas circunstâncias de momento – o contexto histórico e político – são determinantes para se entender o porquê de sua premiação e recepção crítica internacional. Exibido dois anos após o fim da ditadura militar argentina (1976-1983), trata de tema indigesto no processo de transição para a democracia: o sequestro de bebês de militantes políticos nos CCD (Centros Clandestinos de Detenção) e posterior adoção por famílias de classe média e elite civil que davam sustentação ao regime. 

É nessa Argentina que vive o casal Roberto e Alícia Ibáñez – ela, não por acaso, professora de História. Na base do processo institucional que se cristaliza com o golpe militar, o forte teor conservador e a oficialização de diretrizes de ensino. 

No caso de História, a orientação para apagar da memória coletiva a possibilidade de julgamento positivo de lideranças sindicais, partidos ou instituições legadas pelo peronismo: ou ligadas a movimentos de esquerda alinhados com a revolução cubana (como traço característico do tom alegórico da narrativa, na apresentação aos alunos, Alícia diz que “nenhum povo sobrevive sem memória: a História é a memória dos povos”). Com o “Processo de Reorganização Nacional”, a história a ser contada nas escolas é a história oficial, como impressa nos livros didáticos".( www.cinequanon.art.br)

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