domingo, 30 de julho de 2017

George Romero - O Pai dos Zumbis

Domingão com muitas nuvens no céu e um sol que ainda não saiu brilhante, mas com temperatura de inverno - 18º C, nos recorda que as férias terminaram. Amanhã é dia de retornar aos estudos e ficar sonhando com as férias de dezembro e janeiro.

Ainda bem que nos finais de semana, quando não tiver aula/olimpíadas, podemos continuar com nossa maratona de séries e filmes. Hoje, vamos homenagear George Romero que faleceu no último dia 16/7 aos 77 anos vítima de um câncer de pulmão. 

E por incrível que pareça não houve grandes manifestações de pesar nas redes sociais, somente entre os nerds/geeks. Eu acredito que seja porque as pessoas pensam que o "inventor" do gênero "zumbi", seja o Robert Kirkman ou seja, o escritor de The Walking Dead.
"Considerado uma referência nos filmes de terror e pioneiro no que é agora um subgênero, os zombies, George Romero estreou-se com nada menos do que A Noite dos Mortos- Vivos, em 1968.

Um sucesso de bilheteira, dentro e fora dos EUA, feito com orçamento muito reduzido. O filme mostra o sufoco vivido por um grupo de pessoas cercado por mortos-vivos na casa de uma quinta na Pensilvânia rural, e a luta que cada um trava pela sobrevivência – o timing da sua estreia tornou inevitável a segunda leitura de que refletia o mal-estar de uma América entalada entre os movimentos contraculturais e a Guerra do Vietnã.
É um clássico, um título de culto que consta da lista de filmes protegidos pela Biblioteca do Congresso dos EUA – sendo “cultural, histórica e esteticamente significativo”, merece preservação. Mas essa foi uma decisão do final do século. Na estreia, gerou polêmica entre espectadores e arcou com a reprovação dos críticos: “lixo”, “experiência horrível”. A Variety, cujo crítico se mostrava preocupado com a “saúde moral” do público, falava em “orgia de sadismo”.

Décadas depois, quando em 2010 esteve em Lisboa a convite do festival MOTELx, o cineasta continuava a mostrar-se espantado com a longevidade dos seus mortos-vivos: “Há uns anos, no festival de Toronto, três mil pessoas saíram à rua vestidas de zombies. E eu não sei bem porque.
 Zombie, para mim, é o vudu das Caraíbas. Nunca usei a expressão nos meus filmes – para mim eram os mortos-vivos, eram os vizinhos! E não percebo como é que eles se tornaram tão populares. Acho que, literalmente, criei um monstro!”, contava ao PÚBLICO.

Romero deu continuidade à ideia numa série a que deu o nome Dead e que inclui cinco outros filmes, produzidos aos longo das décadas seguintes: Zombie: A Maldição dos Mortos-Vivos (1978), O Dia dos Mortos (1985), Terra dos Mortos (2005), Diário dos Mortos (2007) e A Ilha dos Mortos (2009).

Os três primeiros dos seis filmes já tiveram direito a remakes. John Russo, co-autor de A Noite dos Mortos-Vivos, lançou a sua própria série de filmes – Living Dead – após um desentendimento criativo com Romero sobre o rumo a dar aos filmes."(https://www.publico.pt).





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