segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Svalbard - A Cidade do Fim do Mundo

Há pouco eu estava lendo a Revista Superinteressante/Janeiro 2017, que chegou ontem e deparei-me com a reportagem sobre uma cidade no "fim do mundo". É claro que já ouvi falar do "sol da meia-noite, mas a noite polar foi uma surpresa e é lá que está o Global Seed Vault (banco global de sementes). Um banco com sementes do mundo todo parece obra de um filme de ficção científica, entretanto, ele existe e o Brasil também colaborou mandando seis caixas de sementes de arroz, feijão e milho.

Depois da leitura  resolvi postar aqui o que considero importante para nosso arcabouço teórico e intelectual.

" Svalbard é o lugar mais remoto do mundo. É um arquipélago no meio do Oceano Ártico, onde 2.200 pessoas vivem na última cidade do planeta Terra - acima dela, ao Norte, não há nenhuma outra.

(...)


Um lugar insólito, onde até o tempo é diferente. Porque no dia 11 de novembro, todos os anos, o Sol se põe e só volta a nascer em 30 de janeiro. É a chamada Noite Polar, que mergulha a cidade em dois meses e meio de escuridão( e acontece porque ela, pela localização no extremo Norte da Terra, fica desalinhada com o Sol durante esse período).

Em abril, começa o fenômeno oposto: o Sol da Meia - Noite, um período de cinco meses, até o final de agosto, em que a cidade é bombardeada por luz - e o Sol brilha o tempo inteiro, 24 horas por dia."
Svalbard, como eu disse acima, abriga o Global Seed Vault, construído em 2008 para guardar sementes de todas as coisas que a humanidade planta - e reconstruir a agricultura global se ela for devastada por alguma catástrofe apocalíptica, como epidemias, inundações ou guerras.











  "Apesar de o banco de sementes ser enorme, apenas a sua entrada é visível do exterior, e assim mesmo isso exige um mínimo de esforço e atenção. A partir da entrada, o bunker é escavado por mais de 120 metros no interior de uma montanha de gelo e de arenito. Ele é composto de três imensos salões, protegidos por sistemas de segurança máxima, superiores àqueles utilizados pelos grandes bancos.

Com efeito, nesse lugar são custodiados verdadeiros tesouros, na forma de milhares de variedades de sementes, sobretudo das 21 principais fontes alimentares agrícolas da humanidade: trigo, arroz, batata, feijão, mandioca, maçã, soja, sorgo, coco, etc.
As sementes são mantidas a uma temperatura média de 18 graus centígrados negativos, protegidas contra a umidade e problemas meteorológicos. O banco de sementes de Svalbard encontra-se a uma altitude de 130 metros sobre o nível do mar, teoricamente protegidas inclusive do derretimento dos gelos árticos.

Um gerador a carvão produz energia para os equipamentos de refrigeração. Se eles parassem de funcionar, o próprio ambiente garantiria durante décadas uma temperatura interna nunca superior a 3,5 graus centígrados negativos. Ela permitiria às sementes uma sobrevivência de cerca 55 anos. A própria ilha foi escolhida pela ausência de atividades tectônicas: é segura inclusive do ponto de vista sísmico.
Em 2015, aconteceu a primeira retirada do Seed Vault. Devastada pela guerra, a Síria sacou 38 mil sementes, de várias espécies do Oriente Médio.".







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