domingo, 22 de janeiro de 2017

A Marcha das Mulheres pelo Mundo

O domingo amanheceu chovendo e de novo a temperatura está bastante baixa para o gosto dos cuiabanos. Os pássaros gostam evidentemente e eu já me sinto cheia de bolor...

O rádio já está ligado na Centro América FM e há pouco eu lia os comentários machistas sobre a Marcha das Mulheres que aconteceu ontem nos Estados Unidos e mundo. E teve de tudo : "no mundo todo as louças ficaram nas pias"; "cambada de mulheres hipócritacas"; "mimimi só por causa de um político"; e por ai vai.

Eu não me surpreendo com esses comentários, uma vez que convivo com alunos adolescentes que pensam igual, mas depois do carismático, apaixonado e emotivo Barack Obama, Donald Trump é difícil de encarar, mesmo estando aqui em Cuiabá onde nossa sociedade é machista e conservadora.

Eu assisti no Jornal da Band ontem sobre a Marcha e hoje li na net sobre a repercussão pelo mundo e encontrei este post...


"O meio milhão de mulheres que devem marchar por direitos civis e contra Donald Trump neste sábado (21), em Washington, um dia depois da posse dele como o 45º presidente dos Estados Unidos, formam reação a uma ameaça real. Essa é a opinião da socióloga Eva Alterman Blay, professora-titular sênior de sociologia da USP (Universidade de São Paulo) e coordenadora do Escritório USP Mulheres, que trabalha para a garantia da igualdade de gênero no Brasil, com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo Eva, Trump, como presidente, pode ser o início de um movimento conservador de retrocesso das conquistas de direitos das mulheres americanas ao longo de décadas. "Ele pode influenciar negativamente a questão dos direitos reprodutivos da mulher, como o direito à interrupção da gravidez", alerta, citando a possibilidade de aborto em clínicas oficiais, hoje assegurada por lei em alguns Estados do país. "Isso poderá ser revisto."

O protesto deste sábado leva o nome oficial de Marcha das Mulheres sobre Washington, remetendo ao nome de duas outras grandes marchas por direitos civis: a de 1963, liderada por Martin Luther King e marco da reivindicação dos negros do país; e a de 1913, quando o grande mote aglutinador foi a defesa do voto feminino. Nessa, as mulheres negras, segregadas, caminharam ao fundo, depois das brancas. A 19ª emenda constitucional viria a garantir enfim, em 1920, o direito político de voto para as mulheres, mas a ratificação coube depois a cada um dos Estados, que foi outra briga para as mulheres.

 A marcha de agora foi organizada por ativistas voluntárias da sociedade civil, de diversos movimentos, entre eles os de defesa dos direitos das mulheres em geral, dos negros e da população LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Mas começou espontaneamente logo após o anúncio da vitória do republicano Trump sobre a democrata Hillary Clinton, na eleição de 8 de novembro. Uma advogada aposentada, moradora do Havaí, lançou a amigos, via Facebook, a proposta de marcharem contra Trump. A ideia logo se espalhou e ganhou milhares de adeptos em toda parte."(/noticias.uol.com.br/)
                                             Marcha na França
                                                Marcha na Alemanha
Marcha em Londres
                                                      Marcha em Portugal
                                                 Marcha na Austrália


                                             


Um comentário:

  1. "Ele pode influenciar negativamente a questão dos direitos reprodutivos da mulher, como o direito à interrupção da gravidez"

    Que eu saiba, o aborto não favorece as mulheres. Basta ver os fatos:

    https://www.youtube.com/watch?v=WDwDU1ox7dI

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